domingo, 31 de maio de 2015

A cruz de Cristo, medida do mundo

Por John Henry Newman

Quando for levantado da terra,atrairei todos os homens a Mim (Jo 12, 32)
Grande número de homens vive e morre sem jamais ter refletido sobre a situação em que se encontra. Aceitam o lhes chega e seguem as suas inclinações até onde as suas oportunidades lho permitem. Guiam-se principalmente pelo prazer e pela dor, não pela razão, pelos princípios ou pela consciência. Também não tentam interpretar este mundo, determinar o que significa ou reduzir o que vêem e sentem a um sistema. Mas, quando começam a contemplar a situação aparente em que nasceram – quer pela sua mente reflexiva, quer por curiosidade intelectual –, logo chegam à conclusão de que é um labirinto e uma perplexidade. É um enigma que não conseguem resolver. Parece cheia de contradições e desprovida de qualquer desígnio. O que é, como proceder nela, como é o que é, de que modo se pode começar a entendê-la, qual é o nosso destino, tudo são mistérios.


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Pecados Que Bradam Aos Céus Por Vingança











Um trecho marcante de manual de teologia do século passado,  amplamente utilizado nos seminários, diz assim:

"Os pecados que bradam ao céu por vingança são: homicídio intencional, a sodomia, a opressão dos pobres, usurpar dos  trabalhadores de seus salários. Esta categoria de quatro pecados graves não é uma classe dos piores pecados possíveis, pois nenhum deles se opõem diretamente a Deus, mas dos pecados que provocam a ira de Deus de uma forma que nós não atribuímos a Sua ira divina a muitos outros pecados e porque a Sagrada Escritura fala deles como uma classe à parte clamando a Deus por vingança.


Nos quatro pecados mencionados acima, a ofensa é diretamente oposta à natureza e instintos naturais, e, portanto, a ordem neste mundo que Deus teve o supremo cuidado em estabelecer. 

Assim, homicídio doloso é diretamente oposto à soberania de Deus, o único que é dono da vida; sodomia é uma perversão do verdadeiro instinto sexual natural, que é projetado para perpetuar a raça; opressão dos pobres extingue o sentido entranhado de piedade no coração do homem; usurpar os trabalhadores de seus salários é oposto ao instinto social que protege a propriedade dos membros do corpo político. 

É óbvio que esses pecados tendem a destruição da raça humana.  Há claras advertências na Sagrada Escritura em colocar estes quatro pecados em uma classe à parte e considerá-los como crimes hediondos . 

Tal como: "A voz do teu irmão clama a mim desde a terra"; "O clamor de Sodoma e Gomorra é multiplicado, e os seus pecados se tornaram extremamente graves;" "Eu vi a aflição de meu povo no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa do rigor dos que estão sobre as obras; "" Eis o salário dos trabalhadores, que ceifaram as vossas terras e que por meio de fraude, foi retido por você, clama; e o clamor deles entraram nos ouvidos do Senhor dos Sabbaoth "(Gn 4, 10: 18, 20, 19, 13; Êxodo 3, 7; Dt 24, 14; Tg 5, 4...). [Rev. Henry Davis, SJ, Moral e Teologia Pastoral, 4ª ed. (New York: Sheed e Ward, 1943), pp 214-15].

Fonte:http://rorate-caeli.blogspot.com/2015/05/sins-that-tend-to-destruction-of-human.html#more

quarta-feira, 27 de maio de 2015

A Ascensão do Senhor


Homilia Padre Daniel Pinheiro

Quarenta dias após a sua ressurreição, Nosso Senhor sobe ao céu. Durante quarenta dias Nosso Senhor quis ainda aparecer aos seus discípulos na terra e quis instruí-los nas coisas do reino de Deus. Muitas vezes, esses quarenta dias são quase esquecidos. Não deveria ser assim. São importantíssimos. Importantíssimos porque mostram a realidade da ressurreição de Cristo, nos confirmando na fé. Importantíssimos para a constituição e a vida da Igreja.
Nosso Senhor quis, durante esses quarenta dias, aparecer aos discípulos para mostrar que tinha verdadeiramente ressuscitado, com um corpo real, com o seu corpo. Assim, apareceu a eles, falou com eles, mostrou as cicatrizes de seu corpo, alimentou-se, fez milagres, e citou as Sagradas Escrituras. Tudo isso como prova de sua verdadeira ressurreição. E passou esse tempo a instruir os discípulos nas coisas do reino de Deus, que é a Igreja. Vemos expressamente que, nesses quarenta dias, Nosso Senhor instituiu o batismo, como nos deixa claro o Evangelho de hoje. Foi nesses quarenta dias também que Nosso Senhor instituiu o sacramento da penitência, soprando sobre os apóstolos e dizendo: “recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” Foi também nesses quarenta dias entre a ressurreição e a ascensão que Nosso Senhor conferiu realmente o primado a São Pedro, dizendo ao apóstolo: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Antes, Nosso Senhor tinha prometido isso a São Pedro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e te darei as chaves do reino dos céus… Tudo no plural. Aqui, entre a ressurreição e a ascensão, Nosso Senhor confere realmente a jurisdição universal a São Pedro: apascenta os meus cordeiros, que são os fiéis, e apascenta as minhas ovelhas, que são os membros do clero, bispos e padres. Esses quarenta dias são, portanto, de suma importância para a nossa fé e para a Igreja em sua constituição e nos seus sacramentos.
No quadragésimo dia, Nosso Senhor subiu ao céu, onde está sentado à direita de Deus Pai. Nosso Senhor subiu com seu corpo e sua alma, por sua virtude própria, quer dizer, em virtude de sua divindade e em virtude dos atributos de seu corpo glorioso. Com seu corpo glorioso, imortal e incorruptível após a ressurreição, já não convinha que Nosso Senhor continuasse nesse mundo cheio de vicissitudes. O lugar do corpo ressuscitado, do corpo glorioso, é o paraíso.
Ao ascender ao céu levou consigo as almas dos santos do Antigo Testamento, que estavam no limbo dos justos, aguardando a vinda do Messias prometido. Limbo dos justos que é o inferno mencionado no Credo. Diz-se, então, que Jesus está sentado e sentado à mão direita de Deus Pai. Diz-se que Jesus está à direita de Deus Pai. Evidentemente, Deus, sendo puro espírito, não tem direita nem esquerda. Empregamos aqui termos humanos para melhor compreender e explicar as verdades sobrenaturais. À direita de Deus Pai significa que Cristo, enquanto Deus, não está nem acima nem abaixo de Deus Pai. Ele é Deus como o Pai e como o Espírito Santo. Eles são um só Deus. À direita de Deus Pai significa que Cristo, enquanto homem, foi exaltado acima de todos os santos e anjos, estando no lugar mais nobre, à direita. E se diz que Nosso Senhor está sentado, para significar a posse pacífica dos poderes de rei e de juiz, poderes que Nosso Senhor tem como Filho de Deus e como redentor nosso. A coleta de hoje nos fala justamente dos dois motivos pelos quais Jesus mereceu ser exaltado acima de todas as coisas: Ele mereceu ser exaltado assim porque é o Filho unigênito de Deus, quer dizer, Ele é Deus, e porque ele é o nosso redentor.
A coleta nos indica, ainda, a graça própria dessa festa da Ascensão do Senhor: que tenhamos o nosso espírito nas coisas celestes. Que vivamos aqui no tempo, procurando alcançar os bens eternos, que vivamos aqui na terra procurando os bens celestes.Sursum corda, devemos ter o coração voltado para o alto. É esse um dos objetivos de Nosso Senhor com a Ascensão também: que tenhamos o espírito nas coisas celestes.
E podemos ver, ainda, uma circunstância interessante no mistério da Ascensão. Ela ocorre no monte das Oliveiras. No mesmo local em que Nosso Senhor teve a agonia tremenda na noite da Quinta-Feira Santa, após a Última Ceia. Que lição nos dá Nosso Senhor! As dores e as tribulações são caminho para subirmos ao céu. Pelo calvário chegaremos ao céu. Os sofrimentos e provações bem suportados nos levarão ao céu.
Alegremo-nos, caros católicos, porque Nosso Senhor, sentado à mão direita de Deus Pai, todo poderoso, governa todas as coisas com justiça e bondade, e prepara, para seus discípulos fiéis, uma morada na casa do Pai.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

As Fontes do “Manuscrito”














Dom Fernando Arêas Rifan*

            O meu último artigo – “um manuscrito polêmico” -, na verdade uma crônica em forma de parábola, criada por mim, não sem base na história da Igreja primitiva, nos Evangelhos e nos Atos, com aplicação aos tempos atuais, foi uma forma de mostrar que sempre houve problemas e falhas humanas na Igreja, olhados com bom e com mau espírito. Hoje, como antigamente, diante da crise atual na Igreja e de tantos escândalos e heresias até nos meios eclesiais, muitos católicos se encontram, com razão, perplexos e até desarvorados, com risco de perderem a fé. Alguns, ponderados, sabem entender e distinguir o joio do trigo, o bem e o mal, ficando com o bem e jogando fora e combatendo o mal. Outros atacam tudo, e até a Igreja como tal, caindo no mau espírito de crítica e lançando suspeitas sobre as pessoas.
        Por isso, escrevi aquele artigo, com o fim de reforçar a nossa fé na divindade da Igreja e nunca nos esquecermos da presença contínua do seu Divino Fundador e sua ação divina, através do Divino Espírito Santo, garantia da sua indefectibilidade e infalibilidade: “Eu estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,20). A Barca de Pedro nunca afundará (Mt 16,18). Muitos, ao verem-na balançando no meio das tempestades, duvidaram, pularam fora dela e pereceram, enquanto ela continua firme: “esta Sé de São Pedro permanece imune de todo erro, segundo a promessa de Nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Eu roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22,32). Pois este carisma da verdade e da fé, que nunca falta, foi conferido a Pedro e a seus sucessores nesta cátedra...” (Conc. Ecum. Vaticano I, Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre a Igreja de Cristo).
        As “fontes” do “manuscrito” estão no Novo Testamento. Jesus chamou Judas e permitiu sua presença (Mt 10, 4), porque é bom e misericordioso, dando uma chance de mudança para todos até o final. Os apóstolos, mesmo vendo as ambições de Judas, não imaginavam que ele fosse até à traição.
         A presença de pessoas más na Igreja foi explicada por Jesus na parábola da rede de pesca: “o Reino dos Céus (a Igreja) é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, colheu peixes de todo tipo...”. A separação dos maus dos justos só acontecerá no fim do mundo (Mt 13, 47-50). Na parábola do joio e do trigo, ele reforça a ideia da mistura de bons e maus em sua Igreja, que ele permite até o fim dos tempos (Mt 13, 24-30). Quem desejava uma Igreja feita só de pessoas boas e puras eram os hereges “cátaros”. Quem pensa em uma Igreja só de santos, deve aguardar o Céu.
        Os fariseus sempre criticaram Jesus, sistematicamente, observando-o continuamente para ver se o apanhavam em algum deslize (Lc 6, 7 e Mt 22, 15). Os saduceus eram incrédulos (At 23 8), mas se uniam aos fariseus (Mt 16, 1). Sabe-se que toda comparação claudica e toda parábola é um tanto obscura, nem todos as entendiam. Mas os destinatários entendiam: “os fariseus ouviram as parábolas de Jesus e entenderam que estava falando deles” (Mt 21, 45).
            As divergências na Igreja primitiva são descritas nos Atos dos Apóstolos (At 6,1). “Alguns da seita dos fariseus, que haviam abraçado a fé, protestaram...” (At 15, 5).
        São Paulo combateu os judaizantes, judeus cristãos que queriam que se conservassem as práticas do judaísmo, especialmente a circuncisão, e, por isso, resistiu a Pedro (Gl 2, 11-14). Depois disso, “por causa dos judeus que se encontravam nessas regiões”, circuncidou Timóteo (At 16,3). As circunstâncias eram diferentes. São Gregório louva a discrição de São Paulo. E São João Crisóstomo, explicando o caso de São Paulo ter circuncidado Timóteo, atribui tantas conversões, que são descritas no versículo 5 desse mesmo capítulo, ao esforço de São Paulo pela concórdia (Cornélio a Lápide, ad rem).
        Ouçamos o conselho do grande São Bento, em sua regra, sobre a maledicência e a crítica de mau espírito: “Há um zelo mau, de amargura, que separa de Deus e conduz ao inferno” (Cap. 72, v.1) “Há caminhos considerados retos pelos homens cujo fim mergulha até o fundo do inferno” (VII, 21).

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

terça-feira, 26 de maio de 2015

Catequese Crianças

Grupo da Catequese na Forma Extraordinária em visita monitorada a Basílica de Nazaré (Belém do Pará) - Altar de Nossa Senhora do Brasil. "Ave Maria, Gratia Plena".

Cristão: Somente Sendo Católico















"O único meio de ser cristão é ser católico, quer dizer, de pertencer não somente pelas simpatias e pelas crenças, mas também pela prática aberta e pública, à Igreja Católica, à Igreja governada pelo papa, à única verdadeira comunidade de Jesus Cristo. 

Nunca houve e nunca pode haver senão um único Cristianismo. Se o protestantismo fosse Cristianismo, o Catolicismo não seria o principal. Não é o principal uma questão de forma, mas uma questão de fundo. A instituição de Jesus Cristo não pode ser submetida aos caprichos das pessoas, e o protestante que forja um Cristianismo a sua fantasia não é o verdadeiro Cristianismo, o Cristianismo que Nosso Senhor aportou ao mundo e então confiou o depósito e a difusão à Igreja.
Fez-se em nossos dias um estranho abuso desse glorioso nome de Cristão. Desde o protestante que professa ou rejeita a sua maneira a divindade do Cristo, até o socialista que não vê a liberdade senão na aniquilação da Igreja, toda a multidão dos heréticos é de revolucionários disfarçados de Cristianismo, mas qual Cristianismo!
Ser Cristão é ser Católico; fora dali pode-se ser luterano, calvinista, maometano, mórmon, livre pensador, budista, mas não é, não se pode ser Cristão."
(Mons. Louis-Gaston de Ségur, citando Bossuet, Causeries sur le Protestantisme d’Aujourd’hui)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Um Manuscrito Polêmico

















Dom Fernando Arêas Rifan*  

            Foi encontrado no Oriente, em escavações arqueológicas, um “manuscrito” em aramaico, dos fins do século I, atribuído a um grupo de cristãos reacionários, oriundos das seitas dos fariseus (críticos radicais) e dos saduceus (incrédulos). Por isso, esse documento, cuja autenticidade ainda está sendo estudada, foi classificado como CrisFarSad I, do qual citamos alguns trechos. O que é interessante é que o texto coincide com muitos fatos narrados nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos.
            “Em nossa comunidade tem acontecido alguns problemas e desuniões. Respeitamos os Apóstolos, os primeiros discípulos de Jesus, mas questionamos o tal ‘colégio apostólico’, pois, apesar de ter em seu seio muitos homens bons, é conivente com falhas, posições erradas e heterodoxas e com membros deletérios”.
            “O pior deles foi Judas Iscariotes, o avarento que traiu Jesus. Além dele, Pedro é pessoa desqualificada para o cargo, pois, negou conhecer Jesus na hora mais difícil, e, depois de ter sido escolhido como seu representante na terra, vacilou várias vezes, especialmente na questão das nossas tradições judaicas. Simão, o zelotes, ligado aos radicais anti-romanos, é bom. Tiago é o mais firme. Mas todos eles são culpados de cumplicidade e omissão, por terem sido covardes e consentido em seu meio, sem protestar, a presença do traidor. Foram covardes, talvez com medo de perder o cargo”.
            “Um problema crucial aconteceu no último Concílio, reunião dos Apóstolos em Jerusalém, do qual questionamos até a legitimidade, pois ali a divisão ficou patente entre os conservadores, representados por Tiago, e os avançados, cujos porta-vozes foram Paulo e Barnabé, favoráveis a uma abertura aos gentios. Estes dois últimos e sua ala acabaram vencendo, inclusive contrariando a prática de Jesus, que observou as tradições judaicas da circuncisão e do sábado. É por isso que, em nome da nossa tradição e de Jesus, nós resistimos às resoluções desse Concílio”.
            “Além disso, Paulo é reconhecidamente vacilante, um vai-e-vem, pois, depois de ter resistido a Pedro nesta questão e ter escrito aos nossos irmãos Gálatas que não seria necessário guardar tais ritos, ele mesmo circuncidou Timóteo, com medo dos judeus. É um conciliador, alguém que quer estar bem com os dois lados”.
            “Alguns de nós, estão questionando até a própria divindade de Jesus, pois não é possível que ele, sendo Deus, tenha escolhido Judas Iscariotes, que ele sabia, ou devia saber, ser um ambicioso e traidor, e o conservado até o fim, além de ter escolhido para Apóstolos esses homens fracos, e confiado a eles a sua Igreja”.
“E Jesus, ao invés de se mostrar forte e atacar os Romanos pagãos que nos oprimiam e oprimem, não disse nada contra eles, foi conivente com esse poder dominante a ponto de lhes pagar o imposto e dizer que devíamos o tributo a César, pagão e opressor do cristianismo. Afinal, o paganismo não é condenável?!” Como ser conivente com ele, sustentando-o pelo tributo?!
Até aqui o tal “manuscrito”.   
Na história da Igreja sempre apareceram esses “críticos radicais reformadores”, que trilham um triste caminho: começam a atacar a Igreja, olhando-a como uma instituição humana, querendo reformá-la, e terminam por perder a fé no seu Divino Fundador, que a assiste infalivelmente através do Espírito Santo e estará presente nela até a consumação dos séculos. 
            Mas, os inimigos, externos e internos, passam e, apesar das nossas fraquezas, “a Igreja, que reúne em seu seio os pecadores, é, ao mesmo tempo, santa e sempre necessitada de purificação”, e “continua o seu peregrinar entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus (Santo Agostinho)... No poder do Senhor ressuscitado encontra a força para vencer, na paciência e na caridade, as próprias aflições e dificuldades, internas e exteriores, e para revelar ao mundo, com fidelidade, embora entre sombras, o mistério de Cristo, até que no fim dos tempos ele se manifeste na plenitude de sua luz” (LG 8).

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
          


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Francisco, Ecoterrorismo e Miséria


Fonte: americasalert

Pocos saben que el principal “dogma” de los ecologistas, el “calentamiento global supuestamente provocado por la actividad humana, en particular, por el uso de combustibles fósiles y las emisiones de CO2, no se ha probado científicamente


1. 
Mientras el pontífice Francisco da los toques finales a una encíclica sobre ecología, 100 científicos ambientalistas estadounidenses le enviaron el 27 de febrero una carta, implorándole que no se deje llevar por los argumentos de ecologistas radicales, con análisis que no han sido demostrados por la ciencia ambiental. Esos líderes revolucionarios, con el pretexto de ayudar a los pobres, contribuyen con sus propuestas a aumentar peligrosamente la miseria en el mundo. 
2.
Inmediatamente después de entregar en la Santa Sede la carta a Francisco, una comisión representativa de esos 100 científicos dio una conferencia de prensa a pocos pasos del Vaticano, en el Hotel Columbus, en la propia Via della Conciliazione, ante atónitos periodistas del mundo entero que solamente están acostumbrados a oír, a hacerse eco y a difundir las opiniones de los ecologistas radicales.
3.
Los científicos estadounidenses, en su súplica a Francisco, aseveran que simplemente no existen pruebas científicas que demuestren el tan repetido eslogan de la culpabilidad del ser humano en el “calentamiento global”, y piden que la Santa Sede no conceda su apoyo moral a los mitos ecologistas radicales defendidos especialmente en el Panel Intergubernamental sobre el Cambio Climático (IPCC) organizado por las Naciones Unidas. En efecto, pocos saben que el principal “dogma” de los ecologistas, el “calentamiento global” supuestamente provocado por la actividad humana, en particular, por el uso de combustibles fósiles y las emisiones de CO2, no se ha probado científicamente.
4.
Simultáneamente a la conferencia de prensa de los científicos estadounidenses, en la Academia Pontificia de Ciencias, dirigida por el obispo argentino Marcelo Sánchez Sorondo, estaba reunido un grupo de líderes ecologistas, buena parte de los cuales ha dado su apoyo a los slogans publicitarios ecoterroristas. La reunión en la Academia Pontificia contó también con la presencia del secretario general de las Naciones Unidas Ban Ki-Moon y del economista de Harvard Jeffrey Sachs, quienes se niegan a reconocer la existencia de abundante documentación científica que muestra que de los niveles actuales de las emisiones de gas no están en la causa de los cambios climáticos. 
5. 
En consecuencia, los representantes de los 100 científicos estadounidenses que enviaron la carta a Francisco, advirtieron en Roma que no se puede chantajear psicológicamente a la humanidad , para empujarla hacia a una literal revolución de las economías globales que limitaría drásticamente la libertad humana y la propiedad privada, contribuyendo a aumentar la miseria en el mundo. 
La sustitución de las fuentes de energía constantes, como los combustibles fósiles, por fuentes de energía intermitentes y de baja densidad, como la eólica y la solar, sería algo catastrófico para los pobres del mundo. En efecto, esa eventual sustitución haría al mismo tiempo elevar el costo de la energía que ellos usan, y reducir su disponibilidad, especialmente, de la energía eléctrica. 
6.
El ecoterrorismo aún tiene en sus manos el mayor número de micrófonos para difundir sus ideas prosocialistas y anticientíficas. Pero ya no tiene la unanimidad que hasta hace poco lo favorecía. Los 100 científicos ambientalistas estadounidenses han contribuido decisivamente a rasgar ese monopolio publicitario de los ecologistas radicales, que ocupan hoy el papel que las viejas izquierdas revolucionarias ocuparon hace algunas décadas.
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Links:
Carta abierta al pontífice Francisco sobre el cambio climático (traducción al español)
http://www.mitosyfraudes.org/calen15/carta_al_papa_francisco.html 
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Message to Pope Francis: Protect the Poor from Harmful Climate Policies (original in English)
http://www.cornwallalliance.org/2015/04/27/an-open-letter-to-pope-francis-on-climate-change/ 
Press release (in English):
http://www.cornwallalliance.org/2015/04/24/message-to-pope-francis-protect-the-poor-from-harmful-climate-policies/ 
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Hydrocarbon Use and Human Material Wellbeing: A Case Against Mitigating Global Warming by Reduced Fossil Fuels Use—Talk Given in Rome, Italy April 28, 2015
By E. Calvin Beisner, Ph.D., April 28, 2015
http://www.cornwallalliance.org/2015/04/28/hydrocarbon-use-and-human-material-wellbeing-a-case-against-mitigating-global-warming-by-reduced-fossil-fuels-use-talk-given-in-rome-italy-april-28-2015/ 
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Environmentalist Psychosis: Behind the scenes of ecoterrorism
To download the book free of charge, in PDF format (in Portuguese), follow the link. 
www.cubdest.org/libros/ecoterrorismo.pdf 
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Cem e Trezentos Anos














Dom Fernando Arêas Rifan*
  
        Hoje, dia 13 de maio, celebramos o 98o aniversário da primeira das aparições de Nossa Senhora a três simples crianças, pastores de ovelhas, em 1917, em Fátima, pequena cidade de Portugal, de onde a devoção se espalhou e chegou ao Brasil. Estamos, portanto, nos preparando para celebrar, em 2017, os cem anos dessa aparição de Nossa Senhora.
        O segredo da importância e da difusão de sua mensagem está exatamente na sua abrangência de praticamente todos os problemas da atualidade. 
        Ali, Nossa Senhora nos alerta contra o perigo do comunismo e seu esquecimento dos bens espirituais e eternos, erro que, conforme sua predição, vai cada vez mais se espalhando na sociedade moderna: o ateísmo prático, o secularismo. “A Rússia vai espalhar os seus erros pelo mundo”, advertiu ela. A Rússia tinha acabado de adotar o comunismo, aplicação prática da doutrina marxista, ateia e materialista. Mas, se o comunismo, como sistema econômico, fracassou, suas ideias continuam vivas na sociedade atual. E o comunismo é incompatível com o catolicismo. Falando que foi batizado como católico, Raul Castro, recebido neste domingo pelo Papa Francisco, confessou porque abandonou a Igreja: “Sou comunista e não se podia ser membro do Partido Comunista e ser católico” (O Globo 11/6/2015). Ele reconhece o antagonismo. Foi lógico. Rezemos pela sua conversão, para que, deixando o comunismo, volte à Igreja, como ele insinuou após sua entrevista com o Papa.
        Em Fátima, Nossa Senhora pediu a oração, sobretudo a reza do Terço do Rosário todos os dias, e a penitência pela conversão dos pecadores e pela nossa santificação e perseverança. Explicou que o pecado, além de ofender muito a Deus, causa muitos males aos homens, sendo a guerra uma das consequências do pecado. Falou sobre o Inferno, sobre o Purgatório, sobre o Céu, sobre a crise que sofreria a Igreja, com perseguições e martírios. Enfim, Fátima é o resumo, a recapitulação e a recordação do Evangelho para os tempos modernos.
        Mas, em 2017, celebraremos também os 300 anos do encontro milagroso da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, pelos pescadores, no Rio Paraíba do Sul, milagre sucedido de muitos outros. É óbvio que ali houve algo sobrenatural. Pois, como explicar que uma simples imagem, quebrada, pudesse atrair milhões de pessoas em oração fervorosa, ininterruptamente, por três séculos, sem uma intervenção divina e uma bênção especial da Mãe de Jesus? Estamos, portanto, na preparação para a celebração deste grande evento. A Imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida visitará todas as dioceses do Brasil, e aqui também, a Diocese de Campos e a Administração Apostólica, onde estará em todas as Igrejas, como numa missão para afervorar o nosso povo e nos preparar para a celebração dos seus 300 anos.
        Vamos assim unir as duas grandes devoções, a Nossa Senhora de Fátima e a Nossa Senhora Aparecida, pois são a mesma e única Senhora escolhida entre todas as mulheres para ser a mãe do Redentor e nossa Mãe espiritual.
          
    *Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

sexta-feira, 1 de maio de 2015

São José Operário









        São José o Castíssimo Esposo de Maria Santíssima e pai adotivo de Nosso Senhor Jesus vêm das Escrituras. Casou-se com Maria por volta de 30 anos de idade e, por seu caráter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade de nossa Mãe Maria Santíssima. 
          Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo. Foi Carpinteiro, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?" (Mateus 13,55). Apesar de seu humilde trabalho e suas condições,São José veio de uma linhagem real. 
         São Lucas e São Mateus dão genealogia de São José, ambos marcam sua descendência a partir de Davi, o maior rei de Israel (Mateus 1,1-16 e Lucas 3,23-38). Realmente o anjo que primeiro conta a São José sobre Nosso Senhor Jesus o saúda como "filho de Davi," um título real usado também para Nosso Senhor Jesus. Sabemos que São José foi um homem Justo. 
            Quando ele soube que Maria estava grávida, não era dele mas desconhecia, até então, que ela estava carregando o Filho de Deus. Ele planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e o sofrimento dela e do bebê. Ele sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte, então ele decidiu deixá-la silenciosamente e não expor Maria a vergonha ou crueldade (Mateus 1,19-25). 
            Sabemos que São José temente e firme na fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele sem preocupar-se com os resultados. Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, São José imediatamente e sem questionar torne seu guardião. Quando o anjo reapareceu para dizer-lhe que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e escapou para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que já era seguro retornar (Mateus 2,13-23). 
         Sabemos que São José amava Jesus. Sua única preocupação era com a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou seu lar para proteger Jesus mas na ocasião de seu retorno fixou residência na obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida. 
           Quando Nosso Senhor Jesus ficou no Templo, São José (junto com Maria) procurou por ele com grande ansiedade por três dias (Lucas 2,48). Sabemos também que São José tratava a Nosso Senhor Jesus como seu próprio filho tanto que as pessoas de Nazaré constantemente repetiam com relação a Nosso Senhor Jesus, "Não é este o filho de José?" (Lucas 4,22) Ele levava sua família a Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um Carpinteiro. Já que São José não aparece na vida pública de Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua morte, ou ressurreição, muitos historiadores acreditam que José provavelmente havia morrido antes que Nosso Senhor Jesus iniciasse seu sacerdócio.


Celebramos dois dias festivos para São José: 19 de março para São José o Castissimo Esposo de Maria Santissima e 1 de maio para São José o Operario.