terça-feira, 29 de setembro de 2015
Sermão do XVIII Domingo depois de Pentecostes
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Papa Francisco denuncia o aborto eugênico em seu segundo dia em Cuba

“Quantas religiosas e religiosos queimam – e repito o verbo, queimam – sua vida acariciando material de descarte”, pontuou o Pontífice, após escutar o testemunho de serviço aos mais necessitados feito pela Irmã Yailenys Ponce Torres, membro das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo.
Estes religiosos e religiosas, disse Francisco, acariciam “a quem o mundo descarta, a quem o mundo despreza, aqueles a quem o mundo prefere que não estejam”.
“A quem o mundo, hoje em dia com métodos de análises novas que existem, quando preveem que nascerão com uma doença degenerativa, propõe abortá-los antes que nasçam”, lamentou.
O Santo Padre encorajou os sacerdotes e religiosos a atenderem sempre os “menores”, aquele que “está no protocolo sobre o qual seremos julgados: ‘o que é feito em favor dos mais desfavorecidos, é a Ele mesmo que se faz’”.[
“Existem serviços pastorais (que) podem ser mais gratificantes desde o ponto de vista humano, sem serem ruins ou mundanos. Mas, quando procuramos na preferência interior ao menor, a quem o mundo despreza, ao mais doente, ao que ninguém percebe, ao que ninguém quer, e serve ao menor, está servindo Jesus de maneira superlativa”, concluiu o Papa Francisco.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Catolicismo e perenialismo

Por André Abdelnor Sampaio.
Não é nada incomum encontrar nos autores perenialistas uma tentativa de encaixar o Cristianismo em categorias diversas às que a própria Revelação cristã apresenta. Isto repercute em todos os capítulos da Ciência Sagrada e da teologia filosófica que a embasa, a começar pelos pilares da Fé católica: a Santíssima Trindade e a Divindade de Jesus Cristo, passando pela Mariologia; teologia fundamental ou apologética; eclesiologia, Beatitude que fundamenta a moral geral e consequentemente a moral especial, desembocando necessariamente na economia Salvífica e Sacramental. Não pretendemos esgotar neste espaço cada uma das subversões do perenialismo em relação a cada um destes capítulos da Teologia, mas iremos abordar aqui brevemente o âmago da distorção perenialista no que se refere à concepção de “ortodoxia” que se conecta intimamente com o alcance da exposição do Evangelho, como se verifica neste trecho do perenialista William Stoddart:
"Assim como a moralidade, a
ortodoxia pode ser universal (conformidade à verdade em si mesma) ou específica
(conformidade às formas de determinada religião. Ela é universal quando declara
que Deus é incriado, ou que Deus é absoluto e infinito, e é específica quando
afirma que Deus é Trinitário (Cristianismo)."- William Stoddart (perenialista
e autor do texto que achadoi no site divulgador do pensamento perenialista com
ênfase em Schuon, em uma obra sobre o Cristianismo e islamismo).
Para responder a este trecho, é
preciso primeiramente notar a absoluta deformação da Revelação Católica. O erro
absurdo fundamental da frase acima está na má compreensão do seguinte Fato: O
Catolicismo (kata-holós; conforme o Todo; universal) é a Única Religião que não
combina com nenhum tipo de perenialismo, ecumenismo “esotérico”, muito menos
“exotérico”, e correntes afins. Justamente porque não existe "ortodoxia
específica" se tudo que é Católico é Universal, tudo o que é ortodoxamente
católico é ortodoxamente universal. Essa distinção perenialista entre universal
e específico não se adequa jamais com o Catolicismo justamente porque o
Catolicismo não é uma religião como as outras. É a Religião, é aquela que prega
que a Verdade em Si se fez Carne. Por isso tudo o que é "específico"
do Catolicismo, é, por definição, universal.
Tudo o que é Católico é conforme a
Verdade em Si. Perenialistas sempre veem o Catolicismo como uma
"forma" ou "via exotérica" tradicional particular entre
tantas outras "vias particulares" para se chegar ao Absoluto. Mas
isso não é o Catolicismo, dizer isso é negar a Encarnação do Verbo. É negar que
o Absoluto assumiu a natureza humana. É negar que a Verdade correspondente ao
Verbo de Deus é Uma Pessoa Divina Encarnada! Então, tudo o que é conforme a
forma do Catolicismo, é conforme a Verdade em Si Mesma. Não há "ortodoxia
específica" na Religião verdadeiramente Universal que não pode ser outra
senão aquela que tem as notas de Unidade, Santidade, Catolicidade, e
Apostolicidade: a Santa Madre Igreja Romana, única Igreja de Cristo, única
religião positivamente querida por Deus. E este único Deus verdadeiro é
Essencialmente, Universalmente, Trinitário em Pessoas e Uno e Simplíssimo em
Substância. E não de acordo com uma via específica, mas de acordo com a
totalidade da Verdade. O que o perenialismo faz é reduzir o que eles consideram
a "verdade em si", em proposições artificiais que não correspondem ao
que o próprio Cristianismo apresenta sobre si próprio. O perenialismo concebe a
Revelação de Cristo de maneira distorcida e falsificada. como "um
modo" de expressar esta Verdade Incriada, ou uma "etapa
gradativa/penúltima" da manifestação de uma “Verdade nua e supraformal”.
mas isso vai frontalmente contra a frase de Jesus Cristo quando Ele mesmo diz
"Eu sou Verdade". Ora, Cristo diz que existe Unidade essencial na Verdade
e a Sua Pessoa, e não falou apenas relativamente segundo Sua Humanidade, pois a
sua própria Humanidade é hipostaticamente unida à Pessoa Divina que é una em
substância com a Pessoa do Pai e do Espírito Santo. Cristo afirmou ser a Vedade
em sentido absoluto, essencial. Cristo afirma de maneira inequívoca que há uma
Unidade Essencial entre as Três Pessoas em Deus, que distinguem-Se realmente
Uma da Outra por oposição de relação, e não quanto à substância divina em si
mesma. As Três Pessoas Divinas, não são um "símbolo" para expressar
Deus, não são um "modo poético específico" para
"manifestar" a Verdade Incriada. A Trindade Santa é O Único e
Verdadeiro Deus, fora do qual e além do qual não há nada nem ninguém.
Jesus Cristo é o Filho de Deus
Encarnado que remove qualquer barreira formal e essencial entre
"esoterismo e exoterismo", justamente porque Ele é a Sabedoria
Incriada que se Encarnou e que vem revelar todos os Mistérios divinos.
Perenialistas não aceitam a Encarnação do Verbo tal como realmente se deu, como
realmente testemunham os Apóstolos e todos os verdadeiros discípulos de Jesus
Cristo, confessando como sempre professou a Igreja. Não aceitam os
perenialistas que o Absoluto se tornou Visível e habitou entre nós. Eles não
aceitam que a Revelação Plena e Final de Cristo vem do Céu para a Terra e se
expressa de modo suficiente e infalível ao modo humano de conhecer pelas
fórmulas dogmáticas, de cima para baixo, custodiada pelos órgãos autênticos do
Magistério eclesiástico. Os perenialistas concebem que o Cristianismo é uma
mera forma particular que expressa em seus dogmas verdades penúltimas em
relações a uma doutrina que se pretenda “superior” ou “sobreposta” (ou ao menos
a uma compreensão essencialmente sobreposta) ao que é definido pelo Magistério,
como se houvesse um “magistério paralelo” peculiar e restrito apenas para
“iniciados”, e outro magistério comum para os “vulgos” ou “profanos”,
contrariando mais uma vez o que disse Cristo, que nada ensinou em segredo, e
ordenou que Seus discípulos pregassem claramente, pelos telhados o mesmo
conteúdo que Cristo inicialmente lhes ensinou em parábolas de maneira reservada
somente para fins pedagógicos e segundo a condição espiritual que se
encontravam, mas sem discriminação essencial de conteúdo. Tanto foi assim que
Cristo enviou com o Pai o Espírito Santo em Pentecostes para manifestar a
plenitude da Verdade, confirmar os Apóstolos em Graça, e assim dar início à
missão pública da Igreja.
A prova da veracidade desta
afirmação é que todos os santos católicos, todos os dogmas da Igreja, toda a Fé
dos Católicos desde sempre era baseado de que na Boa Nova de Jesus Cristo está
Universalmente (Catolicamente) presente para todos os povos em todos os tempos
a totalidade da Verdade. Primeiro porque Ele disse ("Ninguém vem ao Pai
senão por Mim".), e também porque "n'Ele habita Corporalmente a
Plenitude da Divindade". Um cristão desde sempre tinha de crer nisto para
ser considerado cristão, do mais rude ao mais douto; do mais simplório ao mais
intelectualmente qualificado. Logo, não existe uma atividade do Verbo Divino à
margem da Humanidade de Cristo, pois a humanidade é assumida junto à Natureza
Divina na Unidade de Sua Pessoa, que é Divina.
O Verbo Divino não "está em
Cristo" no sentido de "participação gradual, não-plena, e não-total".
o Verbo Divino É o próprio Jesus Cristo. Se Cristo é o Verbo Divino, nada há
"além" d’Ele. E n'Ele há toda a Revelação. Mais: Tudo o que há de
materialmente verdadeiro em outras religiões é antes de tudo, católico.
O Catolicismo jamais foi, jamais será,
uma mera "expressão particular", uma "forma exterior e
específica" de mostrar a Verdade, mas é a Religião da Verdade Encarnada. A
metafísica não-dualista do perenialismo é falsa e errônea mesmo em âmbito
natural, e não coaduna com a Revelação.
Eis a Frase de São João da Cruz, grande místico Católico que confirma de
forma exata tudo isto que foi explicado:
"Quem quer que queira
aproximar-se de Deus e viver a vida divina, não procure senão ouvir a voz de
seu Filho, que é a sua única Palavra: “Porque em dar-nos, como nos deu, seu
Filho, que é sua Palavra única (e outra não há), tudo nos falou de uma só vez
nessa única Palavra, e nada mais tem a falar, (...) pois o que antes falava por
partes aos profetas agora nos revelou inteiramente, dando-nos o Tudo que é seu
Filho. Se atualmente, portanto, alguém quisesse interrogar a Deus, pedindo-lhe
alguma visão ou revelação, não só cairia numa insensatez, mas ofenderia muito a
Deus por não dirigir os olhares unicamente para Cristo sem querer outra coisa
ou novidade alguma”
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
A reforma da mentalidade moderna

O declínio não ocorreu de modo súbito: poderíamos seguir suas etapas através da filosofia moderna. Foi a perda ou o esquecimento da verdadeira intelectualidade que tornou possível dois erros que se opõem apenas na aparência, mas que são, na realidade, correlativos e complementares: o racionalismo e o sentimentalismo. Desde que se passou a negar ou a ignorar todo conhecimento puramente intelectual, como se fez a partir de Descartes, devia-se chegar, de um lado, ao positivismo, ao agnosticismo e a todas as aberrações do "cientismo", e, de outro lado, a todas as teorias contemporâneas que, não se contentando com o que a razão pode dar, buscam outra coisa, mas pela veia do sentimento e do instinto, isto é, abaixo da razão e não acima, e chegam, como William James, por exemplo, a ver na subsconsciência o meio pelo qual o homem pode entrar em comunicação com o Divino. A noção da verdade, após ter sido rebaixada a nada mais que uma simples representação da realidade sensível, é por fim identificada, pelo pragmatismo, à utilidade, o que significa suprimi-la pura e simplesmente. Com efeito, que interesse poderia ter a verdade num mundo em que as aspirações são apenas materiais e sentimentais?
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Motu Proprio "Mitis Iudex Dominus Iesus" e "Mitis et misericors Iesus"
Por Pe. Demétrio Gomes em sua conta do Facebook