sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Possível milagre eucarístico em diocese dos EUA

Eucharistic Miracle Under Investigation After Host Bleeds on Third Day
(Fonte: KUTV) A Diocese de Salt Lake iniciou uma investigação sobre o que é descrito como um "milagre eucarístico" na paróquia de São Francisco Xavier, em Kearns.

Imagens da hóstia mostram círculos de cor vermelha escura e partes com tonalidade rosa.

Pelo que entendemos, a comunhão foi dada a um garoto pelo padre local. Um parente disse ao padre que a criança ainda não havia feito a sua primeira comunhão - ou que não era católica - e entregou de volta a hóstia, pão que os fiéis acreditam se tornar o corpo e o sangue de Jesus Cristo durante a consagração na missa.

O padre colocou a hóstia na água e mais tarde notou uma mudança espetacular.

Agora, cinco membros do comitê diocesano examinarão se há - ou não - uma explicação.

"O trabalho do comitê está em andamento", disse o Monsenhor M. Francis Mannion, presidente do comitê. "Os resultados serão tornados públicos".

Ele acrescentou que a hóstia está "sob os cuidados do administrador diocesano".

Bridget O'Brien trouxe seus filhos na sexta-feira para rezarem o rosário na paróquia de São Francisco, e chamou a hóstia de "milagre", dizendo que foi uma manifestação de Cristo.

Relatos de milagres eucarísticos tem sido noticiados ao longo dos séculos, embora a Igreja Católica possa levar anos ou décadas para se pronunciar sobre o que alguns insistem ter testemunhado.

Não se sabe se o Vaticano tomou conhecimento do que aconteceu aqui e os esforços para mais esclarecimentos.

Além de Mannion, outro padre, um diácono, um coordenador de pastoral e um professor associado de neurobiologia compõem o comitê de investigação.

"Independente do resultado da investigação, nós podemos usar essa ocasião para renovar nossa fé e devoção no maior milagre, a presença real de Jesus Cristo que ocorre em cada missa", disse Mannion.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O Concílio Vaticano II e a Liberdade Religiosa: Ruptura ou Desenvolvimento Autêntico?


Os autores de um novo livro sobre a "Dignitatis Humanae" sustentam que a Declaração baseia o direito à liberdade religiosa no dever de buscar a verdade, especialmente a verdade sobre Deus.


Por Carl E. Olson.

Um dos temas mais polêmicos e debatidos na Igreja durante e após o Concílio Vaticano II (CVII) é o da liberdade religiosa. Nos últimos anos, questões sobre a natureza, parâmetros e reconhecimento da liberdade de religião se tornaram mais cadentes nos EUA e em outros países ocidentais. No livro "Freedom, Truth, and Human Dignity" (Eerdmans, 2015), Dr. David L. Schindler e Dr. Nicholas J. Healy apresentam um exame rigoroso e detalhada da "Dignitatis Humanae", a "Declaração sobre Liberdade Religiosa" do Concílio, proporcionando uma nova tradução, um histórico da redação e uma rica e provocante interpretação do texto.

Dr. Schindler, que é professor da The Catholic University of America, e Dr. Healy, professor assistente da mesma universidade, responderam recentemente a questões formuladas por Carl E. Olson, editor de Catholic World Report, sobre seu livro, a "Dignitatis Humanae" e a situação enfrentada pelos católicos atualmente.

CWR: No prefácio de "Freedom, Truth, and Human Dignity", vocês sustentam que o livro "busca promover uma compreensão mais profunda da declaração sobre liberdade religiosa do CVII". Quais são as razões pelas quais tal compreensão é importante cinquenta anos após o Concílio?

Dr. Healy: A declaração sobre a liberdade religiosa, "Dignitatis Humanae", foi o documento mais controverso do CVII. Uma considerável minoria dos padres conciliares manifestou reservas, alegando que a Declaração parecia se afastar da doutrina católica estabelecida acerca da liberdade de religião. Entre a maioria que apoiou uma afirmação da liberdade religiosa, houve profundas discordâncias sobre a natureza e o fundamento do direito à liberdade de religião e a relação entre liberdade e verdade.

domingo, 15 de novembro de 2015

Sermão para o 25 Domingo depois de Pentecostes - Dado em Belém do Pará

Padre Daniel Pinheiro

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria...

            O Evangelho de hoje é tirado do Capítulo 13 de São Mateus, o Capítulo das parábolas do reino dos céus, reino dos céus que é a Igreja. Convém que tratemos um pouco da Igreja fundada por Cristo.

           Nosso Senhor não veio para o mundo apenas para agir. Ele veio também nos ensinar a verdade, ensinar uma doutrina. E Ele quis fundar uma sociedade que pudesse continuar a sua obra redentora, que pudesse, então, aplicar, aos homens e até o final dos tempos, as graças que Ele mesmo nos alcançou na Cruz e que nos transmitisse infalivelmente aquilo que Ele ensinou. Essa sociedade que prolonga a obra da redenção operada por Cristo é a Igreja Católica Apostólica Romana. 

             São três os caminhos ou vias que nos mostram que a Igreja Católica é a Igreja fundada por Cristo. A primeira via é a via do primado. A segunda, é a via das notas. A terceira, é a via da excelência. Vejamos brevemente essas três vias, esses três caminhos que nos mostram qual é a verdadeira Igreja de Cristo. A primeira delas é a via do primado de Pedro, como dissemos. Lendo o Evangelho podemos ver que Cristo instituiu uma sociedade hierárquica, em que certos membros têm a prerrogativa de governar, ensinar e santificar os outros membros. Nosso Senhor diz a eles que tudo o que ligarem na terra será ligado no céu e que tudo o que desligarem na terra será desligado no céu (Mateus 18,18). Nosso Senhor lhes dá a ordem de ensinar a todos os povos da terra. Nosso Senhor lhes dá o poder de perdoar os pecados, de transformar o pão e vinho em seu Corpo e Sangue, enfim, lhes dá os meios para santificar as almas. Está claro que Nosso Senhor instituiu uma sociedade hierárquica. Todavia, essa sociedade hierárquica é monárquica. Existe um chefe à frente dela, que é São Pedro. Nosso Senhor diz que edificará a sua Igreja sobre São Pedro. É para São Pedro que Nosso Senhor dá as chaves do reino dos céus, é a São Pedro que Nosso Senhor dá a ordem de apascentar as suas ovelhas e os seus cordeiros. Ele dá, então, o primado de jurisdição a São Pedro. É São Pedro o chefe supremo e universal da Igreja de Cristo. E como ela deve durar até o final dos tempos, pois é a eterna aliança, como diz Nosso Senhor, é preciso que são Pedro seja sucedido no primado, é preciso que São Pedro seja sucedido como chefe da Igreja. É o Papa o sucessor de São Pedro. Portanto, a Igreja de Cristo é aquela que tem São Pedro e seus sucessores, os Papas, como chefe. Como dizia Santo Ambrósio: onde está Pedro, lá está a Igreja de Cristo. Onde está a Igreja de Cristo, lá está Pedro. Para saber qual é a Igreja de Cristo, basta encontrar o Papa. É a via do primado.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Princípios fundamentais de solução para o problema moral da moda


O primeiro é não dar demasiado pouca importância à influência da própria moda, tanto para o bem como para o mal. A linguagem do vestuário como já notamos é tanto mais eficaz quanto mais frequentemente é compreendida por cada um. A sociedade, por assim dizer, fala com a roupa que veste; com a roupa revela suas secretas aspirações e dela se serve, ao menos em parte, para construir ou destruir o próprio futuro. Mas o cristão, seja autor ou cliente, preservar-se-á de fazer pouco caso dos perigos e das ruínas espirituais semeados pelas modas imodestas, especialmente públicas, pela coerência que deve existir entre a doutrina professada e a conduta externa. Lembrar-se-á da elevada pureza que o Redentor exige dos seus discípulos, mesmo nos olhares e pensamentos; e lembrar-se-á também da severidade demonstrada por Deus aos semeadores de escândalos. Pode ser, a propósito, trazida de novo à mente a forte página do profeta Isaías, na qual se vaticina o opróbrio destinado à cidade santa de Sião pela impudicícia de suas filhas (cf. Is 3, 16-24); e outra na qual o sumo Poeta italiano exprimia, com palavras abrasadas, a sua indignação pela impudicícia que grassava na sua cidade (cf. Dante, Purg., 23, 94-108).