SENZA PAGARE - Durante a reunião plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação, divulgou o parecer da Santa Sé em relação às aparições de Medjugorje (Bósnia-Herzegovina) e aos respectivos videntes. A conclusão apresentada é que nunca aconteceu nenhum evento sobrenatural em Medjugorje. Este parecer foi apresentado pela "Comissão Ruini", constituída pelo Papa Bento XVI para investigar os ditos fenómenos e as mensagens da Virgem Maria que são tornadas publicas regularmente pelos videntes desde 1981.
A Congregação para a Doutrina da Fé aprovou uma série de restrições e recomendações em relação a Medjugorje, tais como:
- Os fiéis católicos estão proibidos de participar nos "extases" dos videntes.
- Os videntes estão proibidos de divulgar os textos que dizem ter recebido da Virgem Maria.
- A paróquia de Medjugorje não será um Santuário Mariano, como desejavam os videntes.
- Os bispos não podem acolher nas suas dioceses os videntes para darem o seu testemunho.
- Os peregrinos que se desloquem a Medjugorje devem ser acompanhados por um sacerdote católico.
- Os peregrinos que se desloquem a Medjugorje não devem reconhecer como verdadeiras as aparições e devem evitar qualquer contacto com os videntes, concentrando-se apenas na oração e Sacramentos.
Estas duras medidas tomadas pela Santa Sé foram justificadas pela inconsistência teológica das mensagens de Medjugorje e com os grandes rendimentos que os próprios videntes garantiram durante todos estes anos. Os videntes são proprietários de vários hoteis, bastante lucrativos graças ao grande número de peregrinos que se deslocam até Medjugorje.
Este "dossier" já se encontra na posse do Papa Francisco, que se deverá pronunciar nos próximos dias. Sabe-se que o Papa é bastante céptico em relação a Medjugorje e já fez duras críticas publicamente aos próprios videntes.
O Cardeal Müller afirmou ainda que Medjugorje deverá continuar a ser considerado um local de fé e oração porque Deus consegue recolher até onde não semeia.
Fonte: Gianluca Barile, Vaticanista
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