sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Não Teremos Missa Neste Domingo 13 de Dezembro de 2015.




Neste Domingo, dia 13 de Dezembro de 2015, não teremos a Santa Missa Tridentina em Belém. Não temos padres com disponibilidade de tempo para celebrar o Rito Romano na Forma Extraordinária.
Coragem, Fé e Paciência. É isso que precisamos exercitar agora e no novo ano que inicia.
A chegada do IBP - Instituto Bom Pastor- à Belém ainda não é integral, pois o Padre Tomás Parra só poderá ficar dois domingos por mês entre nós até que tenhamos mais um padre ordenado para nos atender e erigir a Casa em nossa cidade.
Pedimos então aos Fiéis da Missa Tridentina que rezem, rezem bastante, implorando a Nossa Senhora que interceda junto a seu filho Nosso Senhor Jesus Cristo, para nos ajudar neste momento de transição e implantação do IBP, de forma a não faltar a Eucarístia aos fiéis de Belém.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Possível milagre eucarístico em diocese dos EUA

Eucharistic Miracle Under Investigation After Host Bleeds on Third Day
(Fonte: KUTV) A Diocese de Salt Lake iniciou uma investigação sobre o que é descrito como um "milagre eucarístico" na paróquia de São Francisco Xavier, em Kearns.

Imagens da hóstia mostram círculos de cor vermelha escura e partes com tonalidade rosa.

Pelo que entendemos, a comunhão foi dada a um garoto pelo padre local. Um parente disse ao padre que a criança ainda não havia feito a sua primeira comunhão - ou que não era católica - e entregou de volta a hóstia, pão que os fiéis acreditam se tornar o corpo e o sangue de Jesus Cristo durante a consagração na missa.

O padre colocou a hóstia na água e mais tarde notou uma mudança espetacular.

Agora, cinco membros do comitê diocesano examinarão se há - ou não - uma explicação.

"O trabalho do comitê está em andamento", disse o Monsenhor M. Francis Mannion, presidente do comitê. "Os resultados serão tornados públicos".

Ele acrescentou que a hóstia está "sob os cuidados do administrador diocesano".

Bridget O'Brien trouxe seus filhos na sexta-feira para rezarem o rosário na paróquia de São Francisco, e chamou a hóstia de "milagre", dizendo que foi uma manifestação de Cristo.

Relatos de milagres eucarísticos tem sido noticiados ao longo dos séculos, embora a Igreja Católica possa levar anos ou décadas para se pronunciar sobre o que alguns insistem ter testemunhado.

Não se sabe se o Vaticano tomou conhecimento do que aconteceu aqui e os esforços para mais esclarecimentos.

Além de Mannion, outro padre, um diácono, um coordenador de pastoral e um professor associado de neurobiologia compõem o comitê de investigação.

"Independente do resultado da investigação, nós podemos usar essa ocasião para renovar nossa fé e devoção no maior milagre, a presença real de Jesus Cristo que ocorre em cada missa", disse Mannion.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O Concílio Vaticano II e a Liberdade Religiosa: Ruptura ou Desenvolvimento Autêntico?


Os autores de um novo livro sobre a "Dignitatis Humanae" sustentam que a Declaração baseia o direito à liberdade religiosa no dever de buscar a verdade, especialmente a verdade sobre Deus.


Por Carl E. Olson.

Um dos temas mais polêmicos e debatidos na Igreja durante e após o Concílio Vaticano II (CVII) é o da liberdade religiosa. Nos últimos anos, questões sobre a natureza, parâmetros e reconhecimento da liberdade de religião se tornaram mais cadentes nos EUA e em outros países ocidentais. No livro "Freedom, Truth, and Human Dignity" (Eerdmans, 2015), Dr. David L. Schindler e Dr. Nicholas J. Healy apresentam um exame rigoroso e detalhada da "Dignitatis Humanae", a "Declaração sobre Liberdade Religiosa" do Concílio, proporcionando uma nova tradução, um histórico da redação e uma rica e provocante interpretação do texto.

Dr. Schindler, que é professor da The Catholic University of America, e Dr. Healy, professor assistente da mesma universidade, responderam recentemente a questões formuladas por Carl E. Olson, editor de Catholic World Report, sobre seu livro, a "Dignitatis Humanae" e a situação enfrentada pelos católicos atualmente.

CWR: No prefácio de "Freedom, Truth, and Human Dignity", vocês sustentam que o livro "busca promover uma compreensão mais profunda da declaração sobre liberdade religiosa do CVII". Quais são as razões pelas quais tal compreensão é importante cinquenta anos após o Concílio?

Dr. Healy: A declaração sobre a liberdade religiosa, "Dignitatis Humanae", foi o documento mais controverso do CVII. Uma considerável minoria dos padres conciliares manifestou reservas, alegando que a Declaração parecia se afastar da doutrina católica estabelecida acerca da liberdade de religião. Entre a maioria que apoiou uma afirmação da liberdade religiosa, houve profundas discordâncias sobre a natureza e o fundamento do direito à liberdade de religião e a relação entre liberdade e verdade.

domingo, 15 de novembro de 2015

Sermão para o 25 Domingo depois de Pentecostes - Dado em Belém do Pará

Padre Daniel Pinheiro

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria...

            O Evangelho de hoje é tirado do Capítulo 13 de São Mateus, o Capítulo das parábolas do reino dos céus, reino dos céus que é a Igreja. Convém que tratemos um pouco da Igreja fundada por Cristo.

           Nosso Senhor não veio para o mundo apenas para agir. Ele veio também nos ensinar a verdade, ensinar uma doutrina. E Ele quis fundar uma sociedade que pudesse continuar a sua obra redentora, que pudesse, então, aplicar, aos homens e até o final dos tempos, as graças que Ele mesmo nos alcançou na Cruz e que nos transmitisse infalivelmente aquilo que Ele ensinou. Essa sociedade que prolonga a obra da redenção operada por Cristo é a Igreja Católica Apostólica Romana. 

             São três os caminhos ou vias que nos mostram que a Igreja Católica é a Igreja fundada por Cristo. A primeira via é a via do primado. A segunda, é a via das notas. A terceira, é a via da excelência. Vejamos brevemente essas três vias, esses três caminhos que nos mostram qual é a verdadeira Igreja de Cristo. A primeira delas é a via do primado de Pedro, como dissemos. Lendo o Evangelho podemos ver que Cristo instituiu uma sociedade hierárquica, em que certos membros têm a prerrogativa de governar, ensinar e santificar os outros membros. Nosso Senhor diz a eles que tudo o que ligarem na terra será ligado no céu e que tudo o que desligarem na terra será desligado no céu (Mateus 18,18). Nosso Senhor lhes dá a ordem de ensinar a todos os povos da terra. Nosso Senhor lhes dá o poder de perdoar os pecados, de transformar o pão e vinho em seu Corpo e Sangue, enfim, lhes dá os meios para santificar as almas. Está claro que Nosso Senhor instituiu uma sociedade hierárquica. Todavia, essa sociedade hierárquica é monárquica. Existe um chefe à frente dela, que é São Pedro. Nosso Senhor diz que edificará a sua Igreja sobre São Pedro. É para São Pedro que Nosso Senhor dá as chaves do reino dos céus, é a São Pedro que Nosso Senhor dá a ordem de apascentar as suas ovelhas e os seus cordeiros. Ele dá, então, o primado de jurisdição a São Pedro. É São Pedro o chefe supremo e universal da Igreja de Cristo. E como ela deve durar até o final dos tempos, pois é a eterna aliança, como diz Nosso Senhor, é preciso que são Pedro seja sucedido no primado, é preciso que São Pedro seja sucedido como chefe da Igreja. É o Papa o sucessor de São Pedro. Portanto, a Igreja de Cristo é aquela que tem São Pedro e seus sucessores, os Papas, como chefe. Como dizia Santo Ambrósio: onde está Pedro, lá está a Igreja de Cristo. Onde está a Igreja de Cristo, lá está Pedro. Para saber qual é a Igreja de Cristo, basta encontrar o Papa. É a via do primado.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Princípios fundamentais de solução para o problema moral da moda


O primeiro é não dar demasiado pouca importância à influência da própria moda, tanto para o bem como para o mal. A linguagem do vestuário como já notamos é tanto mais eficaz quanto mais frequentemente é compreendida por cada um. A sociedade, por assim dizer, fala com a roupa que veste; com a roupa revela suas secretas aspirações e dela se serve, ao menos em parte, para construir ou destruir o próprio futuro. Mas o cristão, seja autor ou cliente, preservar-se-á de fazer pouco caso dos perigos e das ruínas espirituais semeados pelas modas imodestas, especialmente públicas, pela coerência que deve existir entre a doutrina professada e a conduta externa. Lembrar-se-á da elevada pureza que o Redentor exige dos seus discípulos, mesmo nos olhares e pensamentos; e lembrar-se-á também da severidade demonstrada por Deus aos semeadores de escândalos. Pode ser, a propósito, trazida de novo à mente a forte página do profeta Isaías, na qual se vaticina o opróbrio destinado à cidade santa de Sião pela impudicícia de suas filhas (cf. Is 3, 16-24); e outra na qual o sumo Poeta italiano exprimia, com palavras abrasadas, a sua indignação pela impudicícia que grassava na sua cidade (cf. Dante, Purg., 23, 94-108).

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Seis razões para abster-se de carne às sextas-feiras





1. A tradição de comer peixe e não carne (hoje bife, porco, aves) remonta à Arca de Noé, onde nos 40 dias de inundação, eles se alimentaram apenas de peixe e não de caça.

2. A instituição mística da penitência de sexta-feira está em Lucas 5, 35: "Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão". Cristo foi tirado de nós numa sexta-feira e, por isso, nos abstemos "nestes dias", i.e., nas sextas-feiras. Todo domingo é uma "pequena páscoa", o que significa que toda sexta-feira é uma "pequena sexta-feira santa". Se você vai festejar no domingo, precisa fazer penitência na sexta.

3. A abstinência de carne às sextas-feiras vem desde o tempo dos apóstolos. A Didaké registra que os cristãos primitivos praticavam a abstinência às quartas e sextas-feiras: "Vossos jejuns não tenham lugar (não sejam ao mesmo tempo) com os hipócritas; com efeito, eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana; vós, porém, jejuai na quarta-feira e na sexta (dia de preparação)".

4. Santo Tomás de Aquino dizia que abster-se de carne e de produtos animais inibe sua libido e reprime a concupiscência. Ver Suma Teológica, II-II, q. 147, a.8 para mais detalhes

5. Um apelido pejorativo para católicos é "comedor de peixes" [...].  Assuma essa calúnia como uma medalha de honra. Coma peixe às sextas-feiras

6. Cristo espera que jejuemos. Em Mateus, 6,17-18, Jesus diz: "Quando jejuares". Ele não diz "se jejuares". Logo, por que não tentar se empenhar numa penitência relacionada à comida a cada semana? Se você não fizer disso um hábito, você nunca irá conseguir. A penitência de sexta é uma prática tradicional. É difícil e será inconveniente ter de ir com nachos de queijo em vez de hot dog ao jogo de baseball... mas vale a pena.


Se você desanimar, apenas pense em São João Batista. Ele comeu gafanhotos!
 São João Batista, rogai por nós!


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sínodo - Intervenção do Cardeal Sarah

sarah

"Sua Santidade, Eminências, Excelências, participantes do Sínodo, proponho essas três reflexões:

1) Mais transparência e respeito entre nós

Sinto uma forte necessidade de invocar o Espírito da Verdade e do Amor, a fonte de parresia ao falar e humildade ao ouvir, o Único capaz de criar a verdadeira harmonia na pluralidade.

Digo francamente que no Sínodo anterior, sentia-se, em diversos temas, a tentação de ceder à mentalidade do mundo secularizado e do Ocidente individualista. Reconhecer as supostas “realidades da vida” como um locus theologicus [lugar teológico] significa desistir da esperança no poder transformador da fé e do Evangelho.

sarahO Evangelho que outrora transformava culturas agora está em perigo de ser transformado por elas. Além disso, alguns dos procedimentos utilizados não pareciam visar o enriquecimento da discussão e comunhão tanto quanto o fizeram para promover uma maneira de ver típica de certos grupos marginais das igrejas abastadas. Essa mentalidade é contrária a uma Igreja pobre e a um sinal alegremente evangélico e profético de contradição ao espírito do mundo. Não se pode compreender que algumas declarações que não encontram o consenso da maioria qualificada do último Sínodo ainda tenham entrado na Relatio e, em seguida, na Lineamenta e no Instrumentum laboris, enquanto outras questões candentes e muito atuais (como, por exemplo, a ideologia de gênero) foram ignoradas.

Portanto, a primeira esperança é que, em nosso trabalho, haja mais liberdade, transparência e objetividade. Por isso, seria proveitoso publicar os resumos das intervenções, para facilitar a discussão e evitar qualquer preconceito ou discriminação na aceitação dos pronunciamentos dos Padres Sinodais.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sínodo - Apenas os fatos

Cardinals Thomas Collins of Toronto and Jorge Urosa Savino of Caracas, Venezuela, talk as they arrive for a synod session (CNS)Por Xavier Rymne II

À luz das muitas matérias exageradas publicadas na mídia impressa e na blogosfera nos últimos dias, estamos felizes em oferecer, no espírito do [personagem] Sgt. Joe Friday do [programa] Dragnet, "apenas os fatos" sobre certos acontecimentos do Sínodo-2015.



  • A carta enviada ao Papa no primeiro dia de trabalho do Sínodo, assinada por 13 membros do Colégio de Cardeais, era privada, completamente respeitosa, e escrita conforme o espírito de debate fraternal e aberto que o Santo Padre tem repetidamente apelado.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sermão do XX Domingo depois de Pentecostes

11.10.2015 – Padre Daniel Pereira Pinheiro, IBP
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Ave Maria…
“Irmãos, tende cuidado em andar com prudência: não como insensatos, mas como pessoas circunspectas, aproveitando o tempo, porque estão a correr maus dias.” Essas são as palavras de São Paulo no início da Epístola de hoje, tirada de sua Epístola aos Efésios.
O apóstolo nos diz para andar com prudência. A prudência é escolher os melhores meios para chegar a fins bons. Em última instância, a prudência é escolher os melhores meios para que cheguemos a nosso fim último, que é a felicidade eterna. A imprudência pode vir do fato de que escolhemos meios ruins para chegar a um fim bom ou porque temos em vista um fim mal a ser atingido. Se somos prudentes, escolhemos os melhores meios – lícitos, claro -, para chegarmos ao céu.
São Paulo acrescenta que não devemos ser insensatos, tolos, mas circunspectos. A circunspecção é parte da virtude da prudência. Pela circunspecção, eu considero as circunstâncias, aquilo que está em torno de mim, para poder agir da melhor maneira possível e atingir meu objetivo, que é a salvação. O texto original latino nos fala, porém, não propriamente da circunspecção, mas da sabedoria: não sede insensatos, mas sábios. O sábio é aquele que considera todas as coisas a partir de uma visão elevada. O sábio enxerga as coisas como Deus as vê, dando importância a cada coisa segundo a sua ordenação a Deus. O sábio considera todas as coisas com o olhar da fé, sabendo que estamos aqui nessa vida para ganhar o céu. O sábio não se deixa enganar pelas máximas do mundo, pelo naturalismo que nos faz esquecer de Deus, pelo ateísmo prático, que desconsidera Deus no quotidiano, como se Ele não existisse. O sábio não se deixa levar pelas falsas soluções contrárias à fé ou que não colocam Cristo e sua Igreja em primeiro plano.
E o sábio sabe aproveitar o tempo. Ele não o aproveita como os pagãos ou como os cristãos que vivem como pagãos. Estes, tolos, dizem como Horácio, poeta pagão de antes de Cristo: carpe diem, aproveite o dia, aproveite o tempo. Ele dizia isso para que as pessoas vivessem afogadas em suas desordens, agindo segundo suas paixões. Colocavam a felicidade nisso: nas satisfações das paixões e dos sentimentos. Carpe diem, devemos dizer nós, os católicos, aproveitemos o dia para ganhar o céu, como sábios. É assim que o sábio aproveita o dia, aproveita o tempo. Movido pela perspectiva da eternidade, o sábio sabe que cada instante é precioso para que possa acumular o verdadeiro tesouro, para que possa multiplicar os talentos que lhe foram dados por Deus. Sabe que não pode desperdiçar o tempo com coisas vãs e fúteis. Sabe que não deve consumir seu tempo diante da televisão para ver não somente coisas vãs e fúteis, mas ofensivas a Deus e prejudiciais para a sua alma. E assim também com a internet, muitas vezes. Se consumir seu tempo com isso, será consumida a própria pessoa por essas coisas. O sábio sabe que cada instante de sua vida é precioso para estar em estado de graça, pois o instante seguinte pode ser o de sua morte.
Mais do que aproveitar o tempo, o sábio sabe redimir o tempo, como nos faz compreender o original latino do texto. O sábio redime o tempo, usando-o para o bem de sua alma. O sábio sabe que deve procurar aproveitar ao máximo o tempo, redimir o tempo, principalmente quando os dias são maus. Maus eram os dias no tempo de São Paulo. É bem provável que o Apóstolo faça menção à perseguição sangrenta, com a qual ele mesmo sofreria pouco tempo depois, sendo martirizado pelos romanos. Vivemos também nós dias maus. Os maus dias hoje são maus pela apostasia generalizada, pela tentativa de mudar e de corromper as palavras de vida de Nosso Senhor mesmo nas questões mais elementares. Maus dias porque os homens são insensatos, tolos, dizendo em seus corações: Deus não existe ou, se existe, Ele está sempre de acordo com a minha vontade. Maus dias porque vamos caminhando para o abismo. Cícero, autor pagão de antes de Cristo, exclama diante da depravação de costumes de sua época: “o tempora, o mores” (ó tempos, ó costumes). O que devemos nós exclamar diante de uma sociedade que volta aos mais bárbaros costumes pagãos depois de ter conhecido a luz sublime do Evangelho? Devemos redimir o tempo, dobrando o joelho diante de Nosso Senhor Jesus Cristo, fazendo boas obras, vivendo a fé católica. Não devemos, então, perder o nosso tempo, mas devemos redimi-lo. Aproveitá-lo realmente para a nossa salvação. Fazer tudo com caridade, mesmo as coisas mais simples e necessário. Como nos diz São Paulo (1Cor 10, 31): “quer comais, quer bebais, fazei tudo para a maior glória de Deus”, isto é, por amor a Deus e para que Ele seja mais conhecido e amado.
Devemos, então, caros católicos, evitar a ociosidade, que consiste em ficar à toa ou desperdiçar o tempo com coisas vãs, inúteis. A ociosidade é mãe de todos os vícios, em particular ela é mãe da impureza e da preguiça, sobretudo da preguiça espiritual. Para redimirmos o tempo e evitarmos a ociosidade, devemos fazer um plano de vida. É o que nos sugere a sabedoria católica.
O plano de vida é estabelecer um horário completo e detalhado das ocupações do dia, para procurar cumpri-lo fielmente. Do levantar ao dormir e abarcando todas as atividades. Quais orações e em que momentos do dia as farei. Horários de trabalho, de estudo. Horário também para as distrações, moderadas e não contrárias a Deus. Devemos fazer um horário para cada dia da semana e procurar cumpri-lo, a não ser que haja motivo proporcional para deixá-lo de lado. Chama-se plano de vida, mas é, na verdade, um plano diário, para cada dia. Tampouco precisa ser o mesmo para cada dia, pois cada dia pode ter suas particularidades, com suas obrigações e atividades próprias.
A utilidade do plano de vida é muito clara, sobretudo para os espíritos inconstantes, como tendemos a ser todos na sociedade atual. Sem o plano de vida, perdemos muito tempo, ficamos indecisos sobre o que fazer, nos descuidamos das obrigações ou as cumprimos de modo desordenado e chegamos à inconstância e seremos volúveis. Sem saber o que fazer, terminaremos à toa na internet ou em alguma outra distração inútil. Com o plano de vida sabiamente estabelecido, ao contrário, e tendo definido com precisão as atividades de cada dia, não ficaremos sem saber o que fazer, não perderemos tempo, nada de importante nos escapará, teremos facilidade para fazer todas as nossas ações com espírito sobrenatural e educaremos nossa vontade. É bom que mesmo a família tenha alguns horários estabelecidos para cada dia, sobretudo para a oração.
Para tirar do plano de vida todo o bem que ele pode nos dar, é preciso traçá-lo com sabedoria e não adotá-lo definitivamente a não ser depois de tê-lo provado durante certo tempo, para ver se ele se adapta realmente a nossas obrigações ou se é preciso modificá-lo em algo.
Algumas regras básicas na elaboração do plano de vida: 1º) o plano de vida deve estar completamente de acordo com os deveres de estado da pessoa, de acordo com suas obrigações habituais. Deve levar em conta o seu caráter, para corrigir os defeitos próprios do caráter e para favorecer as virtudes próprias do caráter. Ele deve levar em consideração a sua saúde física. De nada adiantaria estabelecer um plano de vida em que se dorme 5 horas por noite, se no dia seguinte a pessoa não consegue fazer nada bem por causa do cansaço. 2º) O plano de vida deve ser flexível e rígido a um só tempo. Flexível para não nos sentirmos escravizados por ele quando a caridade para com o próximo ou uma circunstância importante imprevista nos obrigue a mudanças. Isso se aplica muito aos pais e mães de família, principalmente de crianças menores. Mas deve ser rígido, pois é preciso procurar segui-lo a não ser que algo relevante o impeça. 3º) O plano de vida deve conter não somente o horário, do acordar ao dormir, mas próximo a ele deve estar também a lista com as minhas más inclinações, que devo combater, e a lista com as virtudes que mais devo procurar adquirir. E a isso devemos juntar o exame de consciência diário.
Caros católicos, devemos aproveitar o tempo. Devemos redimi-lo. Se redimirmos o tempo, o tempo vai nos redimir, pois iremos aproveitá-lo para conquistar o céu.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Sínodo - Vaticano divulga resumo das discussões

Cardinals and bishops left at the end of a morning session of the Synod of bishops at the Vatican Friday, Oct. 9, 2015. (AP Photo/Alessandra Tarantino)Por John Allen Jr.

Na primeira grande revelação do que se passa na cabeça da maioria dos bispos que participam do Sínodo dos Bispos sobre a Família, o Vaticano, nesta sexta-feira, divulgou um resumo da primeira semana de discussões nos 13 círculos menores, que se reuniram na quarta e na quinta.

Vários temas surgiram a partir desses encontros:

- Muitos bispos parecem sentir que o diagnóstico sobre a atual situação da família  constante do documento de trabalho do sínodo, tecnicamente chamado Instrumentum Laboris, é excessivamente negativo. Eles pedem por um reconhecimento mais claro de que viver segundo a visão tradicional cristã da família não é difícil, ou raro, mas na verdade ocorre de forma bastante generalizada.
- Há um sentimento de que os caminhos das discussões que predominaram no sínodo é excessivamente baseado numa perspectiva européia ou norte-americana, e não foca nos desafios enfrentados no resto do mundo.
- Muitos bispos parecem querer incluir a Igreja na lista de problemas enfrentados pela família, reconhecendo o "apoio pastoral inadequado" e falhas na "formação cristã".
- Vários grupos também querem que o sínodo trate sobre alguns desafios específicos que vêem no horizonte, incluindo a "ideologia de gênero", ou seja, a idéia de que o sexo de alguém é passível de mudança, e a tendência de algumas organizações internacionais de condicionar a assistência ao desenvolvimento para nações pobres à adoção de políticas liberalizantes em matéria de ética sexual.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sínodo - 65% dos bispos são contrários à comunhão para divorciados

Archbishop Mark Coleridge of Brisbane, Australia, at the Vatican in 2013. (Paul Haring/CNS)Trecho da entrevista de Dom Coleridge, arcebispo de Brisbane, Austrália, ao jornalista John Allen Jr.:

John Allen Jr: É muito cedo, mas, com base na sua percepção do sínodo neste momento, se a proposta Kasper sobre comunhão para divorciados e recasados fosse colocada em votação, qual seria o resultado?

Dom Coleridge: Eu penso que seria de 65% x 35% contra, e isso ficou claro ao longo do último ano. Eu penso que há certamente uma maioria de bispos - este é um palpite, mas um palpite fundamentado - que não votaria a favor da proposta Kasper.

John Allen Jr: Porque eles vêem isso como uma alteração na doutrina da indissolubilidade do matrimônio?

Dom Coleridge: Não só por isso, mas também pela compreensão da Eucaristia e da Igreja. Isso é uma espécie de Trindade, e se você tocar em um, você toca nos demais. Dito isso, há todo o tipo de posicionamento dentro do espectro dos 65% que são contra. 

Eu vou citar um bispo, e isso me escandalizou, que disse: "Este sínodo, basicamente, tem de escolher entre o caminho de Jesus e o caminho de Walter Kasper". Não foi na sessão pública, mas isso foi pronunciado. Eu não me escandalizo facilmente, mas desta vez sim.

Há muita coisa desse tipo ocorrendo... todas essas coisas, de que a organização do sínodo está tentando esconder coisas, que o "Instrumentum Laboris" faz parte da trama, que a seleção do grupo de 10 que o Papa designou faz parte disso. Na minha visão, isso é absurdo, é paranóia, [e] é seriamente unútil. Ainda, inevitavelmente, há bispos no sínodo que mais ou menos pensam assim.

Eu não acredito que haja algum tipo de conspitação [...].

John Allen Jr: Dito isso, você não acredita que o sínodo vai terminar com um apoio à proposta Kasper?

Dom Coleridge: Eu não consigo ver isso, eu realmente não consigo. Eu tenho de dizer, no entanto, que eu também sinto uma imprevisibilidade nas coisas, então não podemos realmente saber antes do fim.


Sínodo - Segundo dia: Papa busca ampliar discussão

Day2APor Austen Ivereigh.

O segundo dia do sínodo respirou mais livremente depois que os padres sinodais deixaram claro para os jornalistas que o longo discurso do relator, cardeal Péter Erdõ, não encerrou a discussão da questão dos sacramentos para os divorciados e recasados.

Mas o Papa Francisco, numa intervenção inesperada, deixou claro que o Sínodo não tratava apenas sobre este tema, mas sobre muitos outros, e todos devem ser levados em conta.

Ele também deixou claro que "a doutrina católica sobre o matrimônio não estava em questão na sessão anterior do Sínodo", de acordo com o porta-voz do Vaticano, pe. Frederico Lombardi, que disse que o Papa também quis esclarecer que há somente três documentos oficiais provenientes do sínodo de outubro passado: seus discursos de abertura e encerramento, e o relatório final, ou "relatio synodi", que fundamenta este sínodo.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sínodo - Primeiro dia: debate sobre os procedimentos

Pope Francis, shown on a big screen in the front of the synod hall, prayed with the assembled bishops on the first day of the three-week Synod of Bishops on the family in Rome Monday. (AP Photo/Alessandra Tarantino)Por John Allen Jr.

ROMA - Ao começar a decolar o Sínodo dos Bispos de 2015, duas coisas parecem claras. Uma é que muitos prelados parecem determinados a ter uma atitude positiva sempre que puderem, colocando de lado as diferenças e tentando trocar as discussões de assuntos controversos por matérias em que há um possível consenso.A outra é que tensões reais sobre assuntos como o procedimento do Sínodo podem tornar esse objetivo difícil de alcançar.

Na segunda-feira, o trabalho de verdade começou quando os discursos de abertura terminaram e a transmissão ao vivo foi encerrada, permitindo aos bispos entregarem um sumário de suas observações uns aos outros.Houve uma rodada inicial de intervenções, as quais, sob as novas regras, não puderam ultrapassar três minutos. (Um prelado comparou a brevidade imposta ao envio de um "tweet").

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cinco dicas para acompanhar o Sínodo dos Bispos sobre a família

Francis and the Synod fathers in 2014
Sínodo dos Bispos, 2014.
Por Robert Royal.

Um sínodo, como já estou cansado de dizer, não tem poder legislativo, mas consultivo. Apesar de toda angústia e animosidade que vimos antes da abertura das sessões (que iniciarão hoje), um sínodo pode não dizer nada - ou pode dizer tudo. Em última instância, o próprio Papa terá de decidir o que fazer com os resultados. Ele pode até, como fez Paulo VI, ao reafirmar o ensinamento da Igreja sobre a contracepção, simplesmente rejeitar as propostas apresentadas. É uma das vantagens do papado: você pode dirigir um Fiat 500, mas ainda terá a última palavra sobre fé e moral.

Papa defende o matrimônio indissolúvel em homilia

SANTA MISSA DE ABERTURA DA XIV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
XXVII Domingo do Tempo Comum, 4 de Outubro de 2015

«Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós» (1 Jo 4, 12).

As Leituras bíblicas deste Domingo parecem escolhidas de propósito para o evento de graça que a Igreja está a viver, ou seja, a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos que tem por tema a família e é inaugurada com esta celebração eucarística.

Aquelas estão centradas em três argumentos: o drama da solidão, o amor entre homem-mulher e a família.

domingo, 4 de outubro de 2015

O Lobby Gay dentro do Vaticano.



O mundo todo hoje fala de um padre polonês que se declarou gay. O padre se chama Charamsa e na foto acima aparece com seu namorado. Ele resolveu desafiar o Vaticano (a Igreja e o próprio Cristo).

Esse padre (?) tem um inimigo declarado que também é padre e também é polonês, é o Padre Dariusz Oko que costuma escrever sobre o que chama de "Homoheresia" e sobre o lobby gay dentro do Vaticano, infiltrado em altos cargos. Charamsa, por exemplo, trabalharia na Congregação para Doutrina da Fé.

O Padre Dariusz Oko deu uma entrevista para um site polonês e o blog Toronto Catholic Witness traduziu para o inglês. Na entrevista, o padre Dariusz reage aos ataques de Charamsa, explicando quem é Charamsa e falando sobre o lobby gay dentro do Vaticano.

Vou traduzir aqui apenas a última parte da entrevista em que o Padre Dariusz explica como padres tão perturbados chegam na mais alta hierarquia católica.

Q: Como se explica que um sacerdote com uma personalidade tão perturbada e uma concepção teológica, tão infantil poderia trabalhar por tantos anos nos altos escalões do Vaticano?

A: De uma forma semelhante que Arcebispos Juliusz Petz e Jozef Wesolowski trabalharam. Há essa parte da Igreja que está doente. Da mesma forma, pode-se perguntar como era possível que o Senhor Jesus tenha tolerado Judas no meio dos Apóstolos. Na esperança de que ele seria convertido? Judas como um dos doze apóstolos foi de 8,3 por cento. Dos trinta mil sacerdotes na Polônia, que é de dois mil e quinhentos provavelmente vivem como Judas, que cometem coisas terríveis, porque, infelizmente, essas coisas são possíveis. Mas devo sublinhar que o melhor e mais bela coisa que temos é a Igreja. Este é o maior dom que Deus nos deu, para o qual é preciso ser grato e devemos usá-la da forma mais bela quanto possível, para viver nesta Igreja.:

É uma entrevista sensacional. Leiam no site do Toronto Catholic Witness.

Padre Dariusz fala do ódio de Charamsa contra ele, explica que Charamsa se acha acima de Cristo, que Charamsa pensa que Jihad e as Cruzadas são ideologicamente idênticas. Além de muitas outras coisas estúpidas.

Uma parte interessante da entrevista é quando padre Dariusz diz que tem especial carisma para identificar quem está dentro da Igreja (como padres, bispos, etc.) mas que não tem fé em Cristo, ele cita vários casos de padres que acabaram abandonando a Igreja para serem budistas ou viver como gays.

Rezemos, os inimigos da Igreja estão também em grande parte dentro dela.

Diz-se que quando Napoleão ameaçou destruir a Igreja, o Papa Pio VII respondeu: "Oh pequeno homem, você acha que terá sucesso em realizar esse ato que há séculos muitos padres e bispos tentam e não conseguem?"

A Igreja sempre teve inimigos dentro dela. Eles são fortes. Rezemos e lutemos por Cristo.


(Agradeço a indicação da entrevista ao site Vox Cantoris)
Fonte:http://thyselfolord.blogspot.com.br/

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Sete verdades sobre os anjos da guarda

Guardian Angel

1. O conceito de "anjos da guarda" é perfeitamente judeu. Moisés recorda a interação humana com os anjos da guarda na Torá, e Daniel frequentemente menciona o papel poderoso dos anjos como guardiães (Daniel 10).

2. Nosso Senhor Jesus Cristo ensina sobre a existência dos anjos da guarda em Mateus 18, 10: "Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus".

3. Os padres da Igreja primitiva também falaram sobre os nossos anjos da guarda. São Jerônimo, p. ex., ensinou que cada pessoa (seja ou não cristã) tem um anjo da guarda desde o começo de sua existência.

4. Santo Tomás de Aquino ensinou que todos os homens possuem um anjo da guarda e que eles foram escolhidos dentre os menores na hierarquia angélica.

5. São João Paulo II enfatizou o papel da Bem Aventurada Virgem Maria no ministério dos anjos da guarda: "Vamos invocar a Rainha dos anjos e santos, que ela nos conceda, apoiada pelos nossos anjos da guarda, sermos testemunhas autênticas do mistério pascal do Senhor" (Audiência Regina Caeli, 1997).

6. Maria Agreda, a vidente, afirmou que a Bem Aventurada Virgem Maria tinha centenas de anjos da guarda, incluindo São Miguel Arcanjo e São Gabriel. Eu escutei algumas pessoas dizerem que os padres católicos possuem "dois anjos da guarda", mas eu não sei se esta afirmação possui algum apoio do magistério.

7. E, para levantar um tema controverso, saiba que você não está autorizado a dar nome ao seu anjo da guarda. Desculpe, apenas não faça isso!

Alguns católicos praticam uma devoção, dando nomes aos seus anjos da guarda. No entanto, a Santa Sé não permite esta prática e formalmente desestimula isso.

Conforme o Diretório sobre a Piedade Popular e Liturgia, nº 217 (sob o título Devoção aos Santos Anjos):

"Deve-se reprovar também o uso de dar aos Anjos nomes particulares, exceto Miguel, Gabriel e Rafael, que estão contidos na Escritura".

[...]

Que teologia está por trás desta proibição de dar nomes aos anjos da guarda?

Não podemos dar nomes aos nossos anjos da guarda porque nomear alguém implica em ter autoridade sobre o outro. Eu dou nome aos meus filhos e aos meus animais de estimação. Eu tenho autoridade sobre eles.

Contudo, o meu anjo da guarda está FORA da minha autoridade:

"Santo Anjo do Senhor,
Meu zelozo guardador,
Se a ti me confiou a piedade divina,
Sempre me REGE, me guarde e me ilumine".

Assim, eu não tenho autoridade para dar nome ao meu anjo. Ele não é meu cachorro, é meu instrutor.

Quando Deus dá um nome novo a alguém (Abraão, Israel, Pedro), ele está expressando Sua autoridade [...]. Evidentemente, Deus revelou os nomes de Jesus, Maria e João Batista aos seus pais antes de eles nascerem para mostrar sua especial autoridade sobre a redenção humana.

A paixão litúrgica de Joseph Ratzinger


“A relação entre mistério acreditado e mistério celebrado manifesta-se, de modo peculiar, no valor teológico e litúrgico da beleza. De fato, a liturgia, como aliás a revelação cristã, tem uma ligação intrínseca com a beleza: é esplendor da verdade (veritatis splendor).” – Bento XVI. Sacramentum Caritatis. São Paulo – SP: Loyola, 2007. Parte II, 35, p. 43 – 44. (Coleção “Documentos do Magistério”). [Exortação apostólica pós - sinodal dada em Roma em 22 de fevereiro de 2007].



Apresentação

Um dos grandes diferenciais do teólogo alemão Joseph Ratzinger (1927 -) está na sua capacidade de relatar os seus momentos de reflexão. Geralmente são nestes momentos em que ele se torna contemplativo e consegue captar o que há de melhor na sua religião. Neste texto, exponho minhas anotações acerca de alguns relatos em que Ratzinger descreve como via a liturgia em sua infância. São relatos interessantes, que me chamaram a atenção por sua vivacidade e originalidade. No tempo em que a grande maioria das crianças não refletem sobre temas litúrgicos, vemos o infante Ratzinger sendo impactado pela liturgia católica.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Sermão do XVIII Domingo depois de Pentecostes

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Jesus entrou num barco e atravessou sobre a água até chegar na sua cidade. Por que Jesus teria entrado num barco se Ele não é o mesmo quem dividiu as águas para o povo eleito atravessar o mar e também quem fez Pedro andar sobre as águas como se andasse sobre terra sólida? Jesus não faz isso, mas Ele entra no barco para se assemelhar conosco em nossas fraquezas. Ele se fez fraco para nos fazer fortes. Ele foi humilhado para nos dar honra. Ele se fez pobre para nos fazer ricos, na graça, como diz a epístola de hoje: somos ricos em Cristo, isto é, a verdadeira riqueza consiste em estar em estado de graça, e não em obter coisas que são obstáculos a essa mesma graça. Enfim, Ele se fez homem, para nos aproximar de Deus.
Em seguida, Jesus encontra um paralítico de quem Ele perdoa os pecados. Jesus cura primeiro a doença da alma, pois é mais importante que a doença do corpo. E aqui São Pedro Crisólogo faz uma boa consideração: notemos que após receber o perdão dos pecados o paralítico não demonstra gratidão, nem fala coisa alguma, ele estaria mais ansioso em ser curado do corpo do que ser liberto da doença da alma e da consequente condenação eterna. Quantos não acabam indo para a confissão apenas para buscar um alívio psicológico ou alguma consolação sensível e esquecem de agradecer a Cristo pelo enorme bem da remissão dos pecados? Quantos de fato terminam a confissão dizendo “obrigado, padre”, não mecanicamente, mas de coração?
Cristo, como um bom médico, não dá importância para os desejos do paciente, que muitas vezes desejam coisas que lhe são prejudiciais, mas sim para o bem objetivo do paciente e, por isso, dá prioridade em curar a alma do paralítico ao invés de satisfazer seu desejo de poder sair da paralisia. Cristo age assim constantemente conosco, colocando a prioridade do bem de nossas almas acima dos nossos caprichos que pedimos a Ele. Vemos isso nos eventos que ocorrem em nossas vidas que não são aleatórios, mas permitidos por Deus. Devemos sempre vê-los como atos de misericórdia conosco, pois Deus, por definição, é sumamente bom e amável. Se algo de bom ocorre conosco, devemos agradecê-Lo, pois não merecemos tal bem. Se algo de ruim ocorre, também devemos agradecê-Lo, como fez o santo Jó: “o Senhor o deu, o Senhor o tirou, como foi do agrado do Senhor, assim sucedeu; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1, 21). Na realidade, o único verdadeiro mal que deve nos preocupar e nos deixar triste, não com uma tristeza que paralisa, mas que nos motiva a buscar o bem, é o mal do pecado. Se estamos em estado de graça, o que importa o resto?
E Jesus, ao mostrar a todos que além de perdoar os pecados é capaz de curar os paralíticos, causa estupor em todos, principalmente nos fariseus que se diziam: “só Deus pode perdoar os pecados!” É isso mesmo, apenas Deus pode perdoar os pecados! Vejam que os fariseus não são ignorantes, e o pecado de malícia é manifesto, pois vendo Jesus perdoar os pecados, ao invés de O reconhecerem como Deus, negam exatamente isso. Eles viram o milagre, mas endureceram o próprio coração. São João Batista já os tinha alertado antes que Cristo era o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29). E notem que Jesus faz três milagres aqui: curou o paralítico, perdoou seus pecados e explicitou os pensamentos escondidos dos fariseus. E os fariseus não perceberam esse último milagre, que apenas eles sabiam ser verdade? O que falta para os fariseus é a iniciativa própria e interna para acreditar em Jesus, pois da parte externa não lhe faltavam meios disponíveis para acreditar prudente e facilmente. E aqui fica patente a verdade expressa por Santo Agostinho: “Deus, que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós” (Sermão 169, 11, 13: PL 38, 923). Tudo pode facilitar nossa verdadeira conversão a Cristo, mas se não dermos o nosso passo, não seremos salvos por Cristo.
Assim, aceitando os desígnios de Deus em nossas vidas, reconhecendo Cristo como Deus e Salvador nosso, pois fez abundantes milagres provando isso, vivendo a vida com Cristo, podemos, então, coerentemente imitá-lo, curando os nossos próximos de suas doenças espirituais, sobretudo a cegueira intelectual atual, que nega o Sol ao meio-dia. Se o nosso próximo continua a negar o Sol, que é Cristo, apesar das reiteradas provas e explicações, lembremo-nos dos fariseus que tinham tudo para acreditar e não acreditaram. Podemos ajudar a salvar o nosso próximo, mas não força-lo a isso. Sempre há a opção de rezar para que mudem o coração, todavia, além disso, resta apenas Deus e a escolha pessoal de cada um.
Que o Espírito Santo, conhecedor dos pensamentos e das intenções do coração, “ilumine os que estão nas trevas e na sombra da morte, (bem como) para dirigir os nossos passos no caminho da paz” (Lc 1, 79).
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Por Padre Renato Coelho

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Papa Francisco denuncia o aborto eugênico em seu segundo dia em Cuba


Pope Francis arrived to celebrate Mass at Revolution Plaza in Havana Sunday. (L'Osservatore Romano/Pool Photo via AP)HAVANA, 21 Set. 15 / 11:00 am (ACI).- No seu segundo dia de visita apostólica a Cuba, o Papa Francisco presidiu as vésperas junto a sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas na Catedral de Havana. Durante este encontro, o Santo Padre destacou o serviço de consagrados àquelas pessoas “que o mundo despreza” e denunciou o aborto eugênico promovido na sociedade atual.

“Quantas religiosas e religiosos queimam – e repito o verbo, queimam – sua vida acariciando material de descarte”, pontuou o Pontífice, após escutar o testemunho de serviço aos mais necessitados feito pela Irmã Yailenys Ponce Torres, membro das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo.

Estes religiosos e religiosas, disse Francisco, acariciam “a quem o mundo descarta, a quem o mundo despreza, aqueles a quem o mundo prefere que não estejam”.

“A quem o mundo, hoje em dia com métodos de análises novas que existem, quando preveem que nascerão com uma doença degenerativa, propõe abortá-los antes que nasçam”, lamentou.

O Santo Padre encorajou os sacerdotes e religiosos a atenderem sempre os “menores”, aquele que “está no protocolo sobre o qual seremos julgados: ‘o que é feito em favor dos mais desfavorecidos, é a Ele mesmo que se faz’”.[

“Existem serviços pastorais (que) podem ser mais gratificantes desde o ponto de vista humano, sem serem ruins ou mundanos. Mas, quando procuramos na preferência interior ao menor, a quem o mundo despreza, ao mais doente, ao que ninguém percebe, ao que ninguém quer, e serve ao menor, está servindo Jesus de maneira superlativa”, concluiu o Papa Francisco.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A reforma da mentalidade moderna


Fonte: IRG. A civilização moderna aparece na história como uma verdadeira anomalia: de todas que conhecemos, é a única que se desenvolveu num sentido puramente material, e também a única que não se apoia em qualquer princípio de ordem superior. Este desenvolvimento material, que vem já de vários séculos, e que se vai acelerando cada vez mais, tem sido acompanhado de uma regressão intelectual totalmente incapaz de ser compensada. Trata-se, aqui, bem entendido, da verdadeira e pura intelectualidade, que se poderia também denominar espiritualidade, qualificação esta que nos recusamos atribuir àquilo que os modernos têm-se aplicado de um modo particular: o cultivo das ciências experimentais, em vista das aplicações práticas que delas podem decorrer. Um único exemplo permitiria medir a extensão dessa regressa medir a extensão dessa regressão: a Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino era, em seu tempo, um manual para uso dos estudantes; onde estão hoje os estudantes capazes de aprofundá-lo e assimilá-lo? 


                     O declínio não ocorreu de modo súbito: poderíamos seguir suas etapas através da filosofia moderna. Foi a perda ou o esquecimento da verdadeira intelectualidade que tornou possível dois erros que se opõem apenas na aparência, mas que são, na realidade, correlativos e complementares: o racionalismo e o sentimentalismo. Desde que se passou a negar ou a ignorar todo conhecimento puramente intelectual, como se fez a partir de Descartes, devia-se chegar, de um lado, ao positivismo, ao agnosticismo e a todas as aberrações do "cientismo", e, de outro lado, a todas as teorias contemporâneas que, não se contentando com o que a razão pode dar, buscam outra coisa, mas pela veia do sentimento e do instinto, isto é, abaixo da razão e não acima, e chegam, como William James, por exemplo, a ver na subsconsciência o meio pelo qual o homem pode entrar em comunicação com o Divino. A noção da verdade, após ter sido rebaixada a nada mais que uma simples representação da realidade sensível, é por fim identificada, pelo pragmatismo, à utilidade, o que significa suprimi-la pura e simplesmente. Com efeito, que interesse poderia ter a verdade num mundo em que as aspirações são apenas materiais e sentimentais?

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Motu Proprio "Mitis Iudex Dominus Iesus" e "Mitis et misericors Iesus"




Algumas notas breves e simples para ajudar a entender as mudanças introduzidas hoje no Direito da Igreja através dos documentos que o Papa Francisco publicou (Motu Proprio "Mitis Iudex Dominus Iesus" e "Mitis et misericors Iesus"):

1. Não existe propriamente processo de "anulação" de casamento como vem sendo noticiado pela mídia. O que existe são processos de nulidade, nos quais o poder judiciário da Igreja se encarrega de julgar se determinado matrimônio foi realmente válido ou não. Neste segundo caso, por falta de algum elemento essencial para que se constitua uma verdadeira união conjugal. O fato de um casamento "não ter dado certo" não significa que tenha sido necessariamente inválido. Não se pode confundir a nulidade de um matrimônio como uma espécie de "divórcio católico autorizado".

2. A doutrina da Igreja com relação à indissolubilidade do matrimônio – e, consequentemente, ao divórcio – permanece imutável, pois nenhum poder neste mundo – nem mesmo do Romano Pontífice – pode modificar algo estabelecido direta e expressamente pelo próprio Deus. A Igreja não é “dona” da verdade, de modo a poder alterá-la, mas obediente a ela.

3. Quais são, então, as novidades introduzidas? As mudanças, obviamente, não foram doutrinais, mas apenas relativas aos trâmites processuais, de modo a facilitar aos fieis o acesso aos Tribunais da Igreja para conhecerem a verdade acerca do seu matrimônio, o que é um direito de todo fiel. Basicamente, as mudanças foram as seguintes: os processos se tornarão mais rápidos, sem a necessidade de uma segunda instância para confirmar uma sentença afirmativa da primeira; o juízo do Bispo ou de um juiz único para julgar os casos mais simples; Enfim, há algumas questões mais técnicas, que devem ser matizadas. Para os fiéis, de modo geral, as principais mudanças sintetizam-se na celeridade do processo, e maior facilidade para o acesso gratuito aos mesmos.

4. A misericórdia da Igreja não está em “anular” os casamentos que não deram certo, mas em dar aos fiéis o conhecimento da verdade a respeito do seu casamento. A misericórdia sempre supõe a justiça, e de modo algum pode ser evocada como pretexto para encobrir a injustiça. Muito injusto seria declarar – em nome de uma pretensa misericórdia – inválido um casamento realmente válido. Estando ao lado daqueles que sofrem, a Igreja, justamente porque ama, não pode ocultar a verdade aos seus filhos. Por mais que seja dura em algumas situações, só a verdade liberta!


Por Pe. Demétrio Gomes em sua conta do Facebook

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Definitivo: Vaticano se pronuncia e transexual não poderá ser padrinho de batismo

MADRI, 02 Set. 15 / 05:00 pm (ACI).- No último dia 6 de agosto a diocese de Cádiz (Espanha) admitiu a transexual Álex Salinas como padrinho de batismo do seu sobrinho. Entretanto, depois da polêmica, o Bispo consultou à Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano e recebeu como resposta que é “impossível admitir” uma pessoa com comportamento transexual como madrinha ou padrinho de batismo.
O Bispo de Cádiz e Ceuta, Dom Rafael Zorzona Boy, divulgou hoje um comunicado no qual explica que recorreu à Congregação para a Doutrina da Fé “ante a confusão provocada entre alguns fiéis” pois atribuíram palavras e informações que não foram pronunciadas por ele e também “pela complexidade e relevância mediática alcançada por meio deste assunto”, assim como pelas “consequências pastorais” que esta decisão tem.
Dom Zorzona Boy explicou que após consultar a Congregação para a Doutrina da Fé, dicastério do Vaticano encarregado de custodiar a correta doutrina católica, a respeito da possibilidade de que a transexual Álex Salinas fosse padrinho de batismo do filho da sua irmã, a resposta foi a seguinte:
“Sobre este particular lhe comunico a impossibilidade de que lhe admita. O mesmo comportamento transexual revela de maneira pública uma atitude oposta à exigência moral de resolver o próprio problema de identidade sexual segundo a verdade do próprio sexo. Portanto, é evidente que esta pessoa não possui o requisito de levar uma vida conforme a fé e ao cargo de padrinho (CIC no. 874 §3), não podendo, portanto, ser admitido ao cargo nem de madrinha nem de padrinho. Não se vê nisso uma discriminação, mas somente o reconhecimento de uma objetiva falta dos requisitos que por sua natureza são necessários para assumir a responsabilidade eclesiástica de ser padrinho".
Através da nota, o Bispo precisou que o papel que os padrinhos assumem no sacramento do batismo é “ante Deus e sua Igreja e em relação com o batizado, o dever de colaborar com os pais em sua formação cristã, procurando que leve uma vida coerente com a fé batismal e cumpra fielmente as obrigações inerentes”.
Segundo o comunicado, “os padrinhos devem ser “crentes sólidos, capazes e dispostos a ajudar ao novo batizado... no seu caminho da vida cristã”, como assinala o Catecismo da Igreja Católica no numeral 1255.
Além disso, aponta a que se não se encontrassem candidatos que reunissem os requisitos para ser padrinho ou madrinha, o batismo poderia ser celebrado da mesma forma, pois a figura dos padrinhos não é necessária neste sacramento.
Dom Zorzona recolheu umas palavras do Papa Francisco na encíclica Laudato Si’, através da qual explica que a transexualidade é um comportamento “contrário à natureza do homem: a valorização do próprio corpo em sua feminilidade ou masculinidade é necessária para reconhecer-se a si mesmo no encontro com o diferente. Deste modo é possível aceitar gozosamente o dom específico do outro ou da outra, obra de Deus criador, e enriquecer-se reciprocamente. Portanto, não é adequada uma atitude que pretenda 'cancelar a diferença sexual porque já não sabe confrontar-se com a mesma'”.
O Bispo insistiu também em que “a Igreja acolhe A todas as pessoas com caridade querendo ajudar A cada um em sua situação com vísceras de misericórdia, mas sem negar a verdade que prega, que A todos propõe como um caminho de fé para ser livremente acolhida”.

sábado, 22 de agosto de 2015

Ordenações do IBP no Brasil


Por: Padre Luiz Fernando Pasquotto 

Neste sábado, dia 22 de agosto, Festa do Imaculado Coração de Maria, deu-se uma magnífica cerimônia de ordenação na Paróquia São Paulo Apóstolo, na cidade de mesmo nome. Durante Missa Pontifical Solene no Rito Romano Tradicional, Sua Excelência Reverendíssima, Dom Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar no Cazaquistão, ordenou dois sacerdotes - Pedro Gubitoso e Tomás Parra - e dois diáconos - Thiago Bonifácio e José Luís Zucchi - do Instituto Bom Pastor (IBP). Estavam presentes inúmeros membros do IBP - sacerdotes e clérigos vindos de toda a parte do mundo (brasileiros, franceses, poloneses, colombianos) -, bem como vários sacerdotes e seminaristas de vários lugares de nossa Terra de Santa Cruz. A grande quantidade de fiéis - igualmente vindos de todas as partes - e o fervor deles durante a cerimônia foram notáveis. Tudo isso mostra como a ordenação de um sacerdote é um grande bem para toda a Igreja. 
Os fiéis puderam seguir com grande fruto todas as cerimônias do rito de ordenação. Entre elas, destacam-se algumas. Primeiramente, a prostração, durante o canto das Ladainhas de Todos os Santos, dos que serão ordenados: reconhecem que nada são diante de Deus e imploram o auxílio de Deus, de Nossa Senhora, de todos os anjos e Santos. Depois a imposição das mãos e a as palavras da ordenação, que são a essência do sacramento, constituindo-os sacerdotes do Altíssimo. A consagração das mãos feita com o óleo sagrado, para que possa tocar no Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. A casula desdobrada no final da cerimônia, significando o poder de absolver os pecados. Enfim, todas as riquíssimas cerimônias da Igreja, que, ao mesmo tempo, explicam o que se está fazendo e merecem graças diante de Deus. Cerimônias em que o céu toca a terra.
Na ordenação, aquele que era filho de Deus e soldado de Jesus Cristo torna-se mediador entre Deus e os homens, prestando o devido culto a Deus e comunicando aos fiéis as graças divinas. Nosso Senhor não chama os sacerdotes de servos, mas de amigos. E o Padre é, principalmente, o homem da Missa, o homem da renovação do Sacrifício de Cristo no Calvário, pelo qual o mundo é salvo. Ele trata das coisas mais santas. Quão imensa é a dignidade sacerdotal. Quão grande é a responsabilidade sacerdotal, devendo o Padre responder pelas almas que o Senhor lhe confia. Quão grande é a bondade de Nosso Senhor ao ter instituído o sacerdócio e ao nos dar padres constantemente. Quão grande deve ser a nossa gratidão para com o Salvador.
Devemos, também, por dever de justiça, agradecer ao Eminentíssimo Cardeal Dom Odilo Scherer e ao Excelentíssimo Dom Athanasius Schneider. Graças às disposições da Divina Providência, o Instituto Bom Pastor (IBP), pôde realizar no Brasil, com grande esmero e alegria imensurável, esse ato tão central para a sua vida, que se baseia na formação e no apostolado sacerdotais. Rezemos para que os neo-sacerdotes sejam verdadeiramente bons pastores e rezemos pelo desenvolvimento do IBP.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sínodo da Família - Instrumentum Laboris de 2015: um ataque à Veritatis Splendor

Por Roberto de Mattei | Tradução: FratresInUnum.comus, eles não podem sequer ter acesso ao Sacramento da Penitência, que exige o propósito sério de não voltar a pecar. A figura do divorciado recasado, como bem observou o cardeal De Paolis, “contradiz a imagem e o papel do matrimônio e da família, de acordo com a imagem que a Igreja nos oferece”.

Como tornar quadrado o círculo? Para uma análise abrangente do Instrumentum Laboris remeto à excelente análise de Matthew McCusker no site de “Voice of the Family”. Cinjo-me a algumas considerações relativas à abordagem do documento sinodal sobre o tema das coabitações extramatrimoniais.